O mês é destinado à prevenção e conscientização sobre a doença

Porto Velho, RO - A sexta-feira (20) foi marcada pela abertura oficial da campanha ‘Janeiro Roxo’, promovida pela Prefeitura de Porto Velho para conscientizar a população sobre os sintomas da hanseníase e combater o preconceito com a doença. A ação foi realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a organização sem fins lucrativos NHR Brasil.

As atividades do Janeiro Roxo começaram em Porto Velho no dia 12, com diversas capacitações envolvendo profissionais da Unidade de Pronto Atendimento da zona Sul, Maternidade Mãe Esperança, Policlínica Oswaldo Cruz e as unidades de saúde dos bairros Socialista e Mariana.

Sheila Arruda, coordenadora do Programa de Hanseníase, explica que o trabalho da Semusa envolveu a capacitação do corpo clínico e o contato com a população para esclarecer informações sobre a doença.

“Realizamos o treinamento com médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para proporcionar a esses profissionais muito mais conhecimento, para que os pacientes sejam melhores atendidos na rede municipal. Já os pit-stop servem para mostrar que a doença tem cura e tratamento, e pode ser diagnosticada nas unidades básicas de saúde”.


Pedestres foram abordados nas calçadas e orientados sobre a prevenção da doença

Segundo a coordenadora, as ações de combate à hanseníase são realizadas o ano inteiro, através de capacitações com a equipe de saúde, mutirões de conscientização, busca ativa de casos e o monitoramento dos pacientes que estão em tratamento em Porto Velho.

São ações que, para a secretária-adjunta Marilene Penati, contribuem para a quebra de mitos e estigmas envolvendo a hanseníase, já que durante anos a falta de informações e tratamento, fizeram com que muitas pessoas ficassem excluídas, sofrendo preconceitos e restrições ao serem diagnosticadas com a doença.

“Hoje os tratamentos estão melhores e esses mitos e preconceitos reduziram consideravelmente, e essa é uma função primordial da Secretaria Municipal de Saúde, mas deve ser sempre aliada à educação, porque só é possível ter êxito ao integrar educação e saúde, para proporcionar acesso ao conhecimento sobre a doença”, declarou a adjunta.

A programação do Janeiro Roxo finaliza no dia 27 de janeiro, em um pit-stop na av. José Amador dos Reis, em frente a USF Hamilton Gondim.

PIT-STOP


O primeiro pit-stop da programação foi realizado na manhã desta sexta-feira (20)

O primeiro pit-stop da programação foi realizado na manhã desta sexta-feira (20) na avenida Sete de Setembro esquina com Campos Sales, bem no centro de Porto Velho. O local foi escolhido devido à grande movimentação de veículos e também de pedestres, abordados nas calçadas e orientados sobre a prevenção da doença.

Os técnicos do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa exibiram faixas e cartazes com informações sobre a hanseníase e ainda distribuíram materiais informativos.

HANSENÍASE

A hanseníase é uma infecção contagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. Ela é transmitida por meio do contato prolongado com pessoas já infectadas, e que não estejam em tratamento.

Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos e, principalmente, da capacitação do médico. Os principais indicativos da doença são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Podem surgir caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos.

A suspeição é feita pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Atenção Primária. Já o tratamento é disponibilizado pelo SUS de forma gratuita, para crianças e adultos. O acompanhamento e tratamento é feito também nas UBS com três medicamentos, considerados eficazes e seguros. Quando descoberta tardiamente, a patologia pode deixar sequelas como deformidades e incapacidades físicas.

Fonte: Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)