Advogados do ex-deputado alegam que não houve intenção de matar agentes da PF; em outubro do ano passado, Jefferson lançou três granadas contra quatro policiais ao resistir a uma ordem de prisão
A defesa de Roberto Jefferson (PTB) entrou com um pedido na Justiça Federal para que o ex-deputado seja julgado por lesão corporal e não por tentativa de homicídio contra quatro agentes da Polícia Federal. Em outubro do ano passado, o ex-parlamentar resistiu a uma ordem de prisão e disparou três granadas contra os policiais.
De acordo com os advogados, os 60 tiros de carabina e o lançamento das granadas não tinham a intenção de matar os agentes.
Na ocasião, dois policiais ficaram feridos por estilhaços e, de acordo com informações do Ministério Público Federal, uma agente só não foi atingida porque uma das munições atingiu o cano de sua pistola.
“Os laudos estão em total consonância com o interrogatório prestado pelo ora defendente em sede policial, que da mesma forma relata que jamais teve a intenção de ferir as vítimas, quanto mais ceifar suas vidas. Ressalta-se que as lesões corporais sofridas pelas vítimas foram de natureza leve, não causando perigo de vida”, diz trecho da peça que tece duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da ordem de prisão que estava sendo cumprida naquele domingo.
Em 23 de outubro, o ex-parlamentar se tornou alvo de Moraes após descumprir as medidas cautelares de sua prisão domiciliar — a qual cumpria desde janeiro do ano passado. Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021, réu do inquérito das milícias digitais.
Às vésperas da prisão, Roberto Jefferson usou o Twitter de sua filha, Cristiane Brasil, para xingar a ministra Cármen Lúcia de "bruxa de Blair" e "Cármen Lúcifer" em razão de seus posicionamentos em relação às decisões que puniram a rádio Jovem Pan por tratamento privilegiado a Jair Bolsonaro nas eleições. Ele estava proibido de ter acesso às redes sociais.
Em dezembro do ano passado, a Justiça Eleitoral aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e tornou réus Jefferson e Cristiane Brasil. Pai e filha são investigados por suposta prática de crime de injúria contra a ministra.
Nos autos do processo, a defesa alega ainda que o STF não teria competência para julgar o ex-deputado e, por isso, a ordem de prisão que estava sendo cumprida naquele dia seria ilegal. Motivo pelo qual pedem que a juíza federal Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, anule as decisões do magistrado.
“É absolutamente inacreditável o que está ocorrendo em face do sr. Roberto Jefferson mediante a atuação completamente ilegal do ministro Alexandre de Moraes. […] A atual situação do defendente, devido à centralização arbitrária e ilegal do ministro Alexandre de Moraes de todas as apreciações de prisão e medidas cautelares em face do mesmo, criou uma situação absolutamente sem precedentes no ordenamento jurídico brasileiro”, diz outro trecho.
Procurada, a defesa de Roberto Jefferson informou ao GLOBO que só irá se manifestar nos autos do processo.
Fonte: O GLOBO
Na ocasião, dois policiais ficaram feridos por estilhaços e, de acordo com informações do Ministério Público Federal, uma agente só não foi atingida porque uma das munições atingiu o cano de sua pistola.
“Os laudos estão em total consonância com o interrogatório prestado pelo ora defendente em sede policial, que da mesma forma relata que jamais teve a intenção de ferir as vítimas, quanto mais ceifar suas vidas. Ressalta-se que as lesões corporais sofridas pelas vítimas foram de natureza leve, não causando perigo de vida”, diz trecho da peça que tece duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da ordem de prisão que estava sendo cumprida naquele domingo.
Em 23 de outubro, o ex-parlamentar se tornou alvo de Moraes após descumprir as medidas cautelares de sua prisão domiciliar — a qual cumpria desde janeiro do ano passado. Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021, réu do inquérito das milícias digitais.
Às vésperas da prisão, Roberto Jefferson usou o Twitter de sua filha, Cristiane Brasil, para xingar a ministra Cármen Lúcia de "bruxa de Blair" e "Cármen Lúcifer" em razão de seus posicionamentos em relação às decisões que puniram a rádio Jovem Pan por tratamento privilegiado a Jair Bolsonaro nas eleições. Ele estava proibido de ter acesso às redes sociais.
Em dezembro do ano passado, a Justiça Eleitoral aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e tornou réus Jefferson e Cristiane Brasil. Pai e filha são investigados por suposta prática de crime de injúria contra a ministra.
Nos autos do processo, a defesa alega ainda que o STF não teria competência para julgar o ex-deputado e, por isso, a ordem de prisão que estava sendo cumprida naquele dia seria ilegal. Motivo pelo qual pedem que a juíza federal Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, anule as decisões do magistrado.
“É absolutamente inacreditável o que está ocorrendo em face do sr. Roberto Jefferson mediante a atuação completamente ilegal do ministro Alexandre de Moraes. […] A atual situação do defendente, devido à centralização arbitrária e ilegal do ministro Alexandre de Moraes de todas as apreciações de prisão e medidas cautelares em face do mesmo, criou uma situação absolutamente sem precedentes no ordenamento jurídico brasileiro”, diz outro trecho.
Procurada, a defesa de Roberto Jefferson informou ao GLOBO que só irá se manifestar nos autos do processo.
Fonte: O GLOBO
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