Jogos contra Vasco e Fluminense são último termômetro para avaliação inicial do trabalho, que até aqui é bem visto, mas ainda não engrenou
Na máquina de moer treinadores em que se transformou o Flamengo nos últimos anos, até o sem importância Campeonato Carioca vira termômetro para garantir ou não a sequência do trabalho. Depois de decepcionar nas três competições mais importantes em 2023, Vítor Pereira terá a chance de dar uma resposta no Estadual, com dois clássicos pela frente.
As partidas contra Vasco, no domingo (que já pode garantir o título antecipado da Taça Guanabara) e Fluminense, quarta-feira, chegam com status de decisão sobre o futuro. Se confirmar o favoritismo nestes jogos e nas semifinais na sequência o Flamengo seguirá em mares mais tranquilos a preparação para o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, que terão início em abril.
Evolução
Hoje, Vítor Pereira tem respaldo da diretoria e do elenco do Flamengo, que o abraçou após o gol de Arrascaeta sobre o Del Valle e nas entrevistas pós-jogo. Há um entendimento que os conceitos apresentados estão sendo assimilados e a equipe começa a ganhar a cara do treinador. A parte física também evoluiu em paralelo e a expectativa é que em abril se aproxime do ideal. Até lá, a ideia é suportar a pressão externa para engrenar o trabalho por toda a temporada.
"Nós não deveríamos ter começado dessa forma. Deveríamos ter começado com títulos, mas é um trabalho que está no início. Nos dois últimos jogos com todo o elenco, os jogadores deram sinais claros de um grupo unido que quer jogar um futebol de qualidade. É um grupo alinhado. É um trabalho que está no início, não é como começa, e sim como acaba", afirmou o treinador.
Reforços
Em outra frente, a diretoria entende que Vítor Pereira precisa de peças para reforçar o time e vai ao mercado para buscar dois ou três jogadores. A lesão de Pulgar não aumentou a lista, e as prioridades ainda são um volante, um meia e um atacante que jogue pelo lado direito. No meio do ano o Flamengo terá o retorno de Bruno Henrique, mas ainda não se sabe em que condições.
Até lá, as avaliações do trabalho do técnico e dos atletas seguem na esperança de uma melhoria imediata já nos clássicos. Pelo que o Flamengo apresentou nos últimos jogos, o diagnóstico é que Vítor Pereira tem conseguido conter a sangria da defesa e agora vai focar em novas dinâmicas do ataque para buscar sistemas de jogo flexíveis, e algumas experiências devem acontecer.
Sistemas de jogo
No último jogo, adotou um 343 com Thiago Maia na linha de zagueiros, os dois laterais bem avançados e Vidal e Ribeiro na transição, com Arrasca, Gabi e Pedro no ataque contra uma defesa com cinco jogadores. O time abusou dos cruzamentos, colocou duas bolas na trave e perdeu nos pênaltis.
Para os jogos contra Vasco e Fluminense, a força máxima deve ser lançada novamente, com o quarteto Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Pedro e Gabigol mantido. Gerson, que voltou de lesão, pode entrar na vaga de Vidal, ou ser adiantado para o lugar de Arrasca ou Ribeiro, algo que Vítor Pereira já ensaiou e teve que adiar por conta da lesão do volante, que saiu do Maracanã com uma bolsa de gelo no pé.
Outro que deixou o campo com dores foi Pedro. Everton Cebolinha entrou e pode ganhar espaço.
Desempenho
A verdade é que o técnico tem tentado de tudo com o elenco que tem nas mãos e buscado variações de jogo para encontrar um equilíbrio. Só que o Flamengo não consegue, muito por desempenho individual dos atletas, ser mais aquele time dominante, com troca de passes e posições por intuição, e ao buscar seguir as diretrizes de um novo trabalho dá claros sinais de dificuldades de se adaptar.
O cenário foi visto também no começo do ano passado, quando o técnico Paulo Sousa buscou implementar novas ideias, mas faltou química com o elenco.
Desempenho
A verdade é que o técnico tem tentado de tudo com o elenco que tem nas mãos e buscado variações de jogo para encontrar um equilíbrio. Só que o Flamengo não consegue, muito por desempenho individual dos atletas, ser mais aquele time dominante, com troca de passes e posições por intuição, e ao buscar seguir as diretrizes de um novo trabalho dá claros sinais de dificuldades de se adaptar.
O cenário foi visto também no começo do ano passado, quando o técnico Paulo Sousa buscou implementar novas ideias, mas faltou química com o elenco.
Desta vez Vítor Pereira tem se preocupado em ganhar o vestiário, cobrar os jogadores sem deixar de valorizá-los, e não expor qualquer tipo de insatisfação por não cumprimento de suas propostas táticas, algo que no Corinthians o fez se desgastar com os principais jogadores do elenco.
Fonte: O GLOBO
Fonte: O GLOBO
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