O Partido Reformista, da primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, venceu as eleições gerais neste domingo com 31,6% dos votos contra 16% da sigla de extrema-direita Ekre, após a apuração quase completa dos resultados.
Para permanecer no poder, contudo, o Reformista, de centro-direita, terá que formar novamente uma coalizão com um ou mais partidos eleitos para o Parlamento de 101 assentos do Estado báltico.
O Partido do Centro (centro-esquerda) obteve 14,7%, o liberal Estônia 200, 13,5%, e o Partido Social Democrata, enquanto o partido Isamaa (nacional-conservador) obteve 8,3%.
— Isso é melhor do que esperávamos — disse Kallas a repórteres. — Descartamos uma coalizão com a Ekre e mantenho o que disse.
O Reformista é um partido liberal de centro-direita que atrai jovens empresários e profissionais. A sigla prometeu aumentar os gastos militares para pelo menos 3% do PIB, aliviar os impostos corporativos e aprovar uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.
Kallas disse à AFP em uma entrevista recente que "apoiamos um país aberto, amigável, ocidental, europeu e inteligente".
— Meu maior concorrente acredita que não devemos apoiar a Ucrânia, apenas cuidar de nossos interesses — comentou sobre o direitista Ekre.
O país de 1,3 milhão de habitantes, fronteiriço com a Rússia e membro da União Europeia (UE) e da Otan, pediu no ano passado mais ajuda militar à Ucrânia contra a invasão russa.
A ajuda militar da Estônia à Ucrânia totaliza mais de 1% de seu PIB, a maior contribuição de qualquer país em relação ao tamanho de sua economia.
— Acho que com um mandato tão forte, isso não vai mudar — afirmou Kallas, neste domingo, sobre a ajuda à Ucrânia. — Outros partidos, com exceção do Ekre e talvez do Centro, optaram pela mesma linha. Portanto, acho que podemos encontrar um terreno comum.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários