Leitura da CPMI será feita em sessão nesta quarta-feira e a comissão que tem como objetivo apurar os atos golpistas será criada
Do lado dos aliados de Jair Bolsonaro (PL), o principal alvo é o ministro da Justiça Flávio Dino. Já os deputados lulistas querem ouvir o próprio ex-presidente e o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.
Veja abaixo os nomes ventilados pelos aliados de Lula:
Anderson Torres
O ex-secretário de Segurança do DF, atualmente preso, estava em viagem de férias com a família durante os atos. A base governista pretende explorar a narrativa de que Torres teria viajado por ter tomado conhecimento de que as manifestações iriam ocorrer. Com a viagem, Torres teria deixado a segurança da capital sem comando.
Ibaneis Rocha
Afastado do cargo nos dias que sucederam os atos, o governador do DF também deve ser convocado. Rocha é questionado pela postura de agentes das forças de segurança que atuavam na capital.
Jair Bolsonaro
Incluído no rol de investigados em um inquérito que apura a autoria intelectual dos atos, Bolsonaro compartilhou um vídeo, no dia seguinte ao 8 de janeiro, que suge que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF). A base governista deseja convocar o ex-presidente, mas estuda qual será o melhor momento para que a oposição não cause tumulto e o depoimento não sirva de palanque para o ex-presidente.
Braga Netto
O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa derrotada à reeleição também está na lista dos governistas. Recentemente, o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli o acusou de participação nos atos.
General Augusto Heleno
À frente do GSI durante a gestão de Bolsonaro e responsável pela nomeação de parte dos militares acusados de leniência nos atos do dia 8, Heleno é outro nome ligado ao ex-presidente que deve ser convocado para prestar depoimento.
Veja abaixo os alvos da oposição:
Flávio Dino
Sem provas, os deputados da base bolsonarista repetem o argumento de que o ministro da Justiça agiu com leniência durante os atos. Na CPMI, Dino será o principal alvo de ataques, no intuito de tentar demostrar que o governo Lula foi omisso na repressão aos manifestantes.
Gonçalves Dias
Do lado da oposição, parlamentares acusam de prevaricação (quando funcionário público dificulta ou falta com os deveres de seus cargo) o ex-ministro-chefe do GSI Gonçalves Dias. O general pediu demissão após vir à tona um vídeo em que ele circula pelo Palácio do Planalto em meio aos ataques golpistas de 8 de janeiro.
José Múcio Monteiro
Também sem provas, o ministro da Segurança José Múcio é acusado pela oposição de não ter impedido os atos terroristas.
Fonte: O GLOBO
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