Iniciativa tem apoio do Ministério Público do Pará, que ajuda a divulgar o pedido de contribuição por PIX

Indígenas do povo Munduruku, do sudoeste do Pará, estão pedindo ajuda para viabilizar a primeira a venda de castanha realizada pelo grupo. AO negócio está programado para este domingo, mas como o trabalho está apenas começando, eles não têm dinheiro para as despesas de transporte da castanha dos locais de coleta até o ponto de venda.

A coleta de castanha-do-pará foi feita em terras indígenas no município de Jacareacanga. São 36 toneladas colhidas e o valor do transporte, feito por rios até Itaituba, é calculado em R$ 18 mil. O pedido do grupo está sendo feito pelo Coletivo de Castanha Munduruku Poy, que reúne 23 aldeias da região do Alto Rio Tapajós, e foi criado no fim do ano passado.

O objetivo é estruturar a coleta de castanha como alternativa econômica ao garimpo que invade o local, para que gere renda e possa manter a floresta em pé e valorizar as culturas locais.

A iniciativa tem apoio do Ministério Público Federal (MPF), que atua na defesa dos direitos indígenas e está auxiliando os indígenas na divulgação do pedido de recursos. Para os procuradores, a construção coletiva de formas de produção sustentável é uma das principais formas de evitar a degradação da floresta, evitando conflitos e presença de invasores. A atividade agroextrativista Munduruku pode ser ajudada com contribuições pela chave PIX 93 992443377, número telefônico de João Messias da Silva Sousa, um dos coordenadores do apoio ao coletivo.


Fonte: O GLOBO