Caso foi resgatado com fraudes expostas pela Operação Penalidade Máxima; veja semelhanças e diferenças com o esquema atual
A Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, revelou um esquema de manipulação de jogos no futebol brasileiro que chocou a população e reaqueceu uma lembrança que já andava esquecida pelos torcedores: a da máfia do apito, em 2005. Mas, afinal, do que se tratou?
A máfia atual e a descoberta há 18 anos têm um ponto em comum. Em ambas, as quadrilhas obtinham lucro com apostas esportivas. Mas as semelhanças param aí.
No de 2005, dois árbitros - Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon - foram pagos para ajudar os apostadores a acertar placares encomendados (outra diferença em relação ao esquema investigado hoje em dia, que tem nos cartões, pênaltis e número de escanteios os principais alvos de manipulação). Por cada partida fraudada, cada um recebia R$ 10 mil.
A máfia do apito foi revelada pela Revista Veja, em 23 de setembro de 2005. No dia seguinte, Edilson Pereira de Carvalho foi preso em sua casa, em Jacareí, no interior de São Paulo. O mesmo ocorreu com o empresário Nagib Fayad, o "Gibão", apontado pelas investigações como líder da quadrilha.
Apesar de terem sido dois os árbitros cooptados pela quadrilha, Edilson ocupava uma posição central. E todas as 11 partidas apitadas por ele foram anuladas. Os jogos foram os seguintes:
Em relação aos envolvidos, Edilson e Danelon foram banidos do futebol. Ao lado de Gibão e de outros integrantes da quadrilha, eles foram réus na Justiça comum. O processo criminal, porém, acabou suspenso, uma vez que a tipificação do crime cometido por eles ainda não existia na ocasião.
A máfia do apito foi revelada pela Revista Veja, em 23 de setembro de 2005. No dia seguinte, Edilson Pereira de Carvalho foi preso em sua casa, em Jacareí, no interior de São Paulo. O mesmo ocorreu com o empresário Nagib Fayad, o "Gibão", apontado pelas investigações como líder da quadrilha.
Apesar de terem sido dois os árbitros cooptados pela quadrilha, Edilson ocupava uma posição central. E todas as 11 partidas apitadas por ele foram anuladas. Os jogos foram os seguintes:
- Vasco 0 x 1 Botafogo
- Ponte Preta 1 x 0 São Paulo
- Paysandu 1 x 2 Cruzeiro
- Juventude 1 x 4 Figueirense
- Santos 4 x 2 Corinthians
- Vasco 2 x 1 Figueirense
- Cruzeiro 4 x 1 Botafogo
- Juventude 2 x 0 Fluminense
- Internacional 3 x 2 Coritiba
- São Paulo 3 x 2 Corinthians
- Fluminense 3 x 0 Brasiliense
- Vasco 1 x 0 Botafogo
- Ponte Preta 2 x 0 São Paulo
- Paysandu 4 x 1 Cruzeiro
- Juventude 2 x 2 Figueirense
- Santos 2 x 3 Corinthians
- Vasco 3 x 3 Figueirense
- Cruzeiro 2 x 2 Botafogo
- Juventude 3 x 4 Fluminense
- Internacional 3 x 2 Coritiba
- São Paulo 1 x 1 Corinthians
- Fluminense 1 x 1 Brasiliense
Em relação aos envolvidos, Edilson e Danelon foram banidos do futebol. Ao lado de Gibão e de outros integrantes da quadrilha, eles foram réus na Justiça comum. O processo criminal, porém, acabou suspenso, uma vez que a tipificação do crime cometido por eles ainda não existia na ocasião.
Esta foi, por sinal, uma das heranças do caso. Em 2010, as fraudes esportivas passaram a ser previstas no Estatuto do Torcedor. E não ficou por aí.
Após a Máfia do Apito, a CBF criou a Corregedoria de Arbitragem. O órgão interno é responsável por monitorar os árbitros do quadro da entidade. No início de cada temporada, eles precisam entregar documentos que comprovem sua idoneidade, como certidão negativa no SPC e de bons antecedentes.
Fonte: O GLOBO
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