Deputada nomeou duas funcionárias que integravam a equipe do aliado no dia em que a Mesa Diretora confirmou a perda do mandato do ex-procurador; ex-parlamentar tinha 15 pessoas em seu gabinete

No último dia 6 de junho, quando a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados confirmou a cassação de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) formalizou a contratação de duas assessoras que integram a equipe de seu aliado político. 

Esposa do ex-juiz federal Sergio Moro, que atuou junto ao ex-procurador durante a operação Lava-Jato, acolheu Francisca Rodrigues de Oliveira Gomez e Ludmila Vanderley Boaventura Ramos em seu gabinete.

As funcionárias recebidas na equipe de Rosangela foram nomeadas como secretárias parlamentares. Os salários são, respectivamente, R$ 3,4 mil e R$ 5,1 mil.

Como antecipou João Paulo Saconi, da coluna de Lauro Jardim, o casal Moro havia sinalizado a possibilidade de absorverem em seus gabinetes a equipe de Dallagnol. No total, o ex-parlamentar contava com quinze funcionários. 

O ex-procurador perdeu o seu mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Os ministros entenderam que ele deixou o Ministério Público para escapar de punições em procedimentos internos.

Desde a decisão do TSE, o casal tem prestado solidariedade pública ao aliado. "Perde o Paraná, perde o País, perde a Câmara dos Deputados. Minha solidariedade ao colega Deltan Dallagnol", escreveu a deputada nas redes sociais.

O senador também reforçou que tratava-se de uma perda política:

— Estou estarrecido por ver fora do Parlamento uma voz honesta na política que sempre esteve em busca de melhorias para o povo brasileiro. Perde a política — disse.


Fonte: O GLOBO