Festa está marcada para acontecer de 23 de junho a 2 de julho. De acordo com o empresário Rui Catana, retomada do maior evento folclórico do estado incentiva a cultura local, além de motivar turismo

Porto Velho, RO - Reconhecido como Patrimônio Cultural do estado de Rondônia, o arraial Flor de Maracujá retorna neste ano com a proposta de manter vivas as tradições artísticas e grupos folclóricos em sua 39ª edição. A festa está marcada para acontecer de 23 de junho e 2 de julho no Parque dos Tanques, em Porto Velho.

Segundo a organização, o evento vai ter um investimento de R$ 1,2 milhão e, além de reforçar a cena cultural em Rondônia, o Flor do maracujá vai movimentar a economia local e incentivar o turismo no estado.

A festa tradicional ficou sem acontecer nos últimos três anos. Primeiro devido à pandemia da Covid e segundo pela falta de patrocínio, fator que impediu a realização do evento em 2022.

O que esperar desse retorno em 2023?

Além das tradicionais quadrilhas que animam o evento e a dança do Boi-Bumbá, durante dez dias o arraial Flor de Maracujá vai reunir e gerar lucro a dezenas de comerciantes locais.

Para o empresário Rui Catana, além de reforçar a cultura da região, iniciativas de tal porte são vetores de desenvolvimento econômico para a região amazônica.

“As manifestações culturais têm a capacidade de gerar empregos e renda. O investimento em eventos retornam para o município e sua população. Além disso, atrai turistas de outras cidades e eles ajudam a fomentar a economia de Porto Velho, desde a hospedagem ao consumo no comércio local. A cultura é importante tanto socialmente quanto economicamente”, comentou.

O Flor de Maracujá, que não aconteceu nos últimos três anos, movimentará equipes de som, iluminação, segurança, fabricantes de figurinos e também 32 agremiações folclóricas.

Os investimentos para a realização da festa em 2023 vão ser via poder executivo, e emendas parlamentares.

Para o empresário Rui Catana, essa será uma oportunidade de fomento para diversos setores e uma retomada após o fim da pandemia de Covid-19, que impediu realizações de tal porte.

“Nós sentimos o impacto e a falta que essas iniciativas fazem. Durante a pandemia, o setor cultural foi duramente impactado. Os eventos foram suspensos e isso prejudicou pessoas e empresas que dependiam dessas realizações. Agora, podemos perceber como o crescimento econômico está atrelado ao cultural”, disse.

Para 2023 ainda foram destinados R$ 600 mil por meio do Fundo Estadual da Cultura (Fedec). Esse valor será usado na organização da competição, e fomento dos grupos folclóricos para auxiliar na confecção dos figurinos, e também para as ações e premiações da competição

“Rondônia tem vocação histórica e natural para se tornar atrativo turístico assim como outros estados brasileiros são. Com a retomada do maior evento folclórico do estado, é importante pensar como esses projetos que incentivam a cultura local são motivadores tanto para o turismo, como para criar postos de trabalho e gerar riquezas”, concluiu.

Além disso, o arraial tem premiação para as melhores apresentações. Serão divididos R$ 13,5 mil entre os campeões das quadrilhas juninas adulta e mirim e do Boi-Bumbá, adulto e mirim.

Fonte: G1/RO