Autoridade Central do país precisa de autorização para que arquivos possam ser utilizados em investigação sobre agressões e ofensas

As imagens da confusão e possível agressão contra o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devem ser liberadas para a Polícia Federal após a manifestação do Ministério Público da Itália. 

Nesta sexta-feira, o poder Judiciário do país europeu recebeu o pedido da Autoridade Central italiana para que os arquivos possam ser utilizados na investigação da PF sobre agressões e ofensas ao magistrado, que teriam ocorrido no aeroporto internacional de Roma há uma semana.

Segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim, as gravações mostram que o empresário Roberto Mantovani Filho deu um tapa em Alexandre Barci de Moraes, de 27 anos, filho do ministro. Além dele, são suspeitos de calúnia, injúria, desacato e perseguição ainda sua mulher, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta. Todos negam os crimes.

Em representação à PF para apuração do episódio, Moraes relatou que estava na área de embarque do aeroporto por volta das 19h quando Andréia Munarão se aproximou e deu início aos xingamentos. Em seguida, Roberto Mantovani Filho "passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada".

Também no documento, o ministro disse que, momentos depois, "a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas". Moraes não estava acompanhado de escolta policial no momento da abordagem, quando voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de Direito.

À PF, Moraes contou ainda que foi falar com o grupo para pedir que parassem com as agressões. "Alertei que seriam fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão." As fotos foram incluídas na representação. Depois disso, o ministro e sua família entraram na sala VIP e os agressores ficaram do lado de fora.


Fonte: O GLOBO