Presidente russo propôs a troca de comando do grupo de paramilitares, em reunião com a presença do chefe dos mercenários, cinco dias após o motim fracassado do mês passado, diz CNN
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu o nome de um novo líder para ocupar a chefia do Grupo Wagner no lugar de Yevgeny Prigojin, que liderou uma rebelião fracassada contra Moscou, no mês passado, segundo a agência de notícias Reuters. A agência aponta Andrey Troshev, um veterano do grupo, que é conhecido como “Sedoi”, que significa “cabelo grisalho” em russo, como o escolhido de Putin.
Segundo as informações da Reuters, o nome de Troshev — com o codinome “Sedoi” —aparece em documentos relacionados a sanções aplicadas pela União Europeia a pessoas ligadas ao regime de Putin, por causa da invasão da Ucrânia. A identidade dele também foi confirmada por documentos oficiais do governo francês, por reportagens na mídia russa e por fontes ouvidas pela Reuters.
A rede CNN diz que, de acordo com a narrativa dos comentários de Putin — que foram divulgados pelo jornal Kommersant — o presidente russo parece ter criado uma divisão entre integrantes de alto escalão do Grupo Wagner e Prigojin.
O paradeiro do chefe do grupo paramilitar permanece um mistério desde a fracassada rebelião contra o Kremlin nos dias 23 e 24 de junho. Há uma semana, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou que o líder dos mercenários está na Rússia, onde transita livremente, apesar de acordo para que ele permanecesse no país vizinho. No entanto, ele não foi visto em público desde o levante contra o líder do Kremlin.
Segundo a CNN, o jornal Kommersant relata que as declarações do presidente russo ocorreram durante uma reunião, cinco dias depois da rebelião dos mercenários, em que participaram o próprio Prigojin e outros integrantes de alto escalão do Wagner. A reportagem do jornal, diz a CNN, indica que, entre as opções oferecidas por Putin aos paramilitares, foi sugerido a manutenção das atividades do grupo, sob o comando de “Sedoi” ou “cabelo grisalho” — o comandante paramilitar identificado como Andrey Troshev.
Quem é Andrey Troshev
Andrey Troshev é coronel reformado das forças russas e um dos fundadores do Grupo Wagner, como informa a CNN. Ele nasceu em Leningrado — nome soviético da cidade de São Petersburgo — em 1962, como confirmaram fontes ouvidas pela Reuters, que também descreveram o atual paramilitar como um ex-combatente das então forças soviéticas no Afeganistão, homenageado duas vezes pela bravura com a medalha da Ordem da Estrela Vermelha.
Após a queda da União Soviética, Troshev lutou no norte do Cáucaso e ganhou a medalha mais importante do país, de Héroi da Rússia, em 2016, pelo ataque à Palmira, na Síria, contra o Estado Islâmico.
De acordo com a Reuters, canais pró-Wagner no Telegram também confirmam que Troshev é conhecido como “cabelo grisalho” e que é um dos mais antigos comandantes do grupo. A agência também reporta que o jornal Kommersant mencionou que Putin teria dito, durante o encontro, que “Sedoi” “vinha sendo o verdadeiro comandante do Wagner”.
Em um documento da União Europeia a que a Reuters teve acesso, o mercenário é descrito como “diretor-executivo” e fundador do Wagner. “Andrey Troshev se envolveu diretamente nas operações militares do Wagner na Síria”, registra o documento, que ainda completa “e esteve particularmente envolvido na área de Deir al-Zoir. Desse modo, ele oferece contribuição crucial para os esforços de guerra de (o presidente sírio) Bashar al-Assad".
Fonte: O GLOBO
De acordo com a Reuters, canais pró-Wagner no Telegram também confirmam que Troshev é conhecido como “cabelo grisalho” e que é um dos mais antigos comandantes do grupo. A agência também reporta que o jornal Kommersant mencionou que Putin teria dito, durante o encontro, que “Sedoi” “vinha sendo o verdadeiro comandante do Wagner”.
Em um documento da União Europeia a que a Reuters teve acesso, o mercenário é descrito como “diretor-executivo” e fundador do Wagner. “Andrey Troshev se envolveu diretamente nas operações militares do Wagner na Síria”, registra o documento, que ainda completa “e esteve particularmente envolvido na área de Deir al-Zoir. Desse modo, ele oferece contribuição crucial para os esforços de guerra de (o presidente sírio) Bashar al-Assad".
Fonte: O GLOBO
0 Comentários