Imagens geradas com a ajuda da tecnologia viralizaram no Twitter

Se existissem na vida real, essas pessoas representariam o estereótipo de cidadão em seus países de origem. Um usuário do Twitter gerou as imagens com a ajuda da inteligência artificial e provocou um debate entre internautas sobre a diversidade e a padronização virtual de etnias e culturas. As postagens viralizaram no Twitter, atingindo mais de dois milhões de usuários na rede social.

O internauta, que se identifica na rede como Medeiros, explicou aos seguidores que, primeiro, pediu ao ChatGPT que descrevesse o cidadão de cada um dos 30 países. "Achei engraçado que o único país que a IA especificou que tinha que estar sorrindo foi o Brasil", comentou ele, sobre o fato de a tecnologia ter reproduzido o clichê de "povo alegre" brasileiro.

Depois, Medeiros lançou os dados na plataforma Midjourney, especificando que a foto deveria "feita" com uma determinada câmera, a Kodak Portra 400.

Nos comentários da publicação, internautas elogiaram a iniciativa de Medeiros.

"Fiquei com a impressão de já ter visto a brasileira", destacou um usuário.

No entanto, também apontaram a importância de refletir criticamente sobre o que havia sido gerado pela tecnologia. Por exemplo, pelo fato de ignorar a diversidade de etnias e culturas de cada localidade.

"[A brasileira] É maravilhosa sim, mas eu acho impossível achar um(a) brasileiro(a) típico(a). A gente tem várias etnias misturadas", escreveu uma seguidora. "Engraçado que todos poderiam ser brasileiros", disse outra.

Mas houve quem ponderasse que um estereótipo não é, necessariamente, o perfil típico do cidadão do país nem um reflexo da realidade. "O estereótipo da Irlanda parece muito com o que eu achei que veria morando aqui, mas o padrão que vejo é bem diferente", afirmou um internauta.

Alguns usuários ressaltaram, ainda, que algumas imagens pareciam ser da mesma pessoa, como nos casos de Brasil, Espanha, México e Colômbia, com ajustes para cada nacionalidade.

Além disso, usuários destacaram que as imagens reproduziram um padrão de beleza esbelto, à exceção do estereótipo dos Estados Unidos, que gerou a imagem de um homem obeso.


Fonte: O GLOBO