Ação visa desarticular organização criminosa que enviava cocaína à Europa através do Aeroporto Internacional de Guarulhos

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, a segunda fase da Operação Colateral para prender integrantes da quadrilha responsável pelo esquema de tráfico internacional de drogas, que levou a prisão das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, em março deste ano. Foram emitidos 45 mandados judicias, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo.

Segundo a PF, dentre os presos, estão os executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas, bem como, e mais importante, os mandantes do crime, responsáveis não apenas pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa, mas por inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Em março deste ano, as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía ficaram 38 dias presas em Frankfurt, na Alemanha. As duas foram vítmas de um esquema de funcionários terceirizados do aeroporto e tiveram suas malas trocadas por bagagens com drogas. Ao serem abordadas, as brasileiras disseram não saber a origem da cocaína em suas malas e alegaram que as bagagens não eram delas.

Durante a investigação, os agentes identificaram o grupo que enviou 40 quilos de cocaína para a Alemanha por meio da troca de bagagens de passageiros. A ação do bando consiste em retirar a etiqueta da bagagem despachada e colocar em outra, que está com as drogas.

O caso foi elucidado pela Polícia Federal brasileira, que teve acesso a câmeras de segurança do Aeroporto de Guarulhos, que flagram o momento em que membros da quadrilha trocam as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne, que são casadas há 12 anos e pretendiam passar 20 dias de férias na Europa.

Após enviar farto material probatório às autoridades alemãs, incluindo mais de 200 horas de filmagens do aeroporto, o Ministério Público local concluiu que, de fato, as brasileiras foram presas injustamente e entrou com um pedido direto de liberação das duas. Elas foram soltas e retornaram ao Brasil.


Fonte: O GLOBO