Autoridades de Kiev informaram que há pelo menos 4 mortos e 33 feridos em Kryvyi Rih, na região central do país, cidade natal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky
Nesta segunda-feira — um dia depois de drones atingirem Moscou e do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky alertar que “a guerra está voltando ao território da Rússia” — dois mísseis russos atingiram um prédio residencial e um complexo universitário na cidade ucraniana de Kryvyi Rih, cidade natal do presidente ucraniano, na região central do país. Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de trinta ficaram feridas, de acordo com autoridades ucranianas.
“Infelizmente, há mortos e feridos”, disse Zelensky em um comunicado logo após o ataque em Kryvyi Rih, sua cidade natal. “Pode haver pessoas sob os escombros”, completou.
Enquanto as operações de resgate continuavam, o Serviço de Emergência ucraniano informou que havia, pelo menos, quatro mortos e 33 feridos. Yurii Ihnat, porta-voz da Força Aérea Ucraniana, disse que a Rússia provavelmente usou mísseis balísticos nos ataques.
As forças russas também bombardearam 130 cidades e vilarejos ao longo da linha de frente, com alguns dos disparos mais intensos direcionados à cidade portuária de Kherson, na margem oeste do rio Dniéper, no sul da Ucrânia, disseram autoridades ucranianas. Pelo menos uma pessoa morreu quando foguetes russos atingiram o centro da cidade, disse Oleksandr Prokudin, chefe da administração militar regional.
Natalia Humeniuk, porta-voz do comando militar ucraniano do sul, disse em rede nacional que a Rússia está tentando intensificar os ataques na margem oeste do rio, apesar de ainda sofrerem com escassez de munições. De acordo com a porta-voz, os ataques ucranianos nas principais rotas logísticas russas, especialmente nas pontes e estradas que ligam a Crimeia ocupada ao sul ucraniano e ao território russo, têm dificultado o reabastecimento e a redistribuição das forças russas.
O ataque a Kryvyi Rih ocorre no momento em que Kiev ameaçou aproximar a guerra dos russos, sugerindo abandonar a política de ambiguidade estratégica em relação a ataques no interior do país, uma tática que manteve durante grande parte da guerra.
Os comentários de Zelensky em um discurso, na noite de domingo, depois que dois drones atingiram prédios no coração da capital russa, indicam que a Ucrânia agora aposta nestes ataques como tática crucial para o conflito.
— Gradualmente, a guerra está voltando ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares. E este é um processo inevitável, natural e absolutamente justo — disse o presidente ucraniano.
Intensos combates
Nesta segunda, o Kremlin chamou de “ato de desespero” o ataque de domingo com drones a Moscou.
— Está claro que a contraofensiva não teve êxito — declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que disse ainda que o incidente deste domingo — é um ato de desespero, o regime de Kiev recorre a este tipo de ataques terroristas — garantindo que Moscou tomou todas as medidas possíveis para defesa de seu território.
Na véspera, o governo russo confirmou ter repelido o ataque de drones ucranianos que danificou a fachada de duas torres comerciais, no centro de Moscou, além de outro ataque do mesmo tipo na Península da Crimeia.
Nesta segunda o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, disse que , em resposta a esses incidentes, as forças russas haviam "disparado" a intensidade de ataques contra infraestruturas militares ucranianas. O governo regional de Briansk, na Rússia, também conformou uma ação de drones ucranianos contra um posto policial, sem deixar vítimas, na região de fronteira com a Ucrânia.
As autoridades ucranianas também informaram que, nas últimas horas, ocorreram intensos confrontos no noroeste do país, em um movimento que a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, chamou de tentativa de desviar as tropas ucranianas da região de Bakhmut, onde, segundo o governo ucraniano, o país conquistou algum terreno.
Nesta segunda, pelo menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas em um bombardeio ucraniano em Donetsk, a principal cidade controlada por Moscou no leste da Ucrânia, anunciaram autoridades locais pró-Rússia "Esta manhã, as forças ucranianas bombardearam o centro de Donetsk", afirmou no Telegram Denis Pouchilin, líder da região cuja anexação foi reivindicada por Moscou.
Segundo Maliar, os enfrentamentos também se intensificaram nas regiões de Kupiansk (região de Kharkiv )e Liman (região de Donetsk), que são importantes entroncamentos ferroviários da Ucrânia. Em Kharkiv, pelo menos uma pessoa morreu em bombardeios russos a um armazém e uma empresa comercial, no domingo. (Com New York Times, El País e AFP)
Fonte: O GLOBO
As autoridades ucranianas também informaram que, nas últimas horas, ocorreram intensos confrontos no noroeste do país, em um movimento que a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, chamou de tentativa de desviar as tropas ucranianas da região de Bakhmut, onde, segundo o governo ucraniano, o país conquistou algum terreno.
Nesta segunda, pelo menos duas pessoas morreram e seis ficaram feridas em um bombardeio ucraniano em Donetsk, a principal cidade controlada por Moscou no leste da Ucrânia, anunciaram autoridades locais pró-Rússia "Esta manhã, as forças ucranianas bombardearam o centro de Donetsk", afirmou no Telegram Denis Pouchilin, líder da região cuja anexação foi reivindicada por Moscou.
Segundo Maliar, os enfrentamentos também se intensificaram nas regiões de Kupiansk (região de Kharkiv )e Liman (região de Donetsk), que são importantes entroncamentos ferroviários da Ucrânia. Em Kharkiv, pelo menos uma pessoa morreu em bombardeios russos a um armazém e uma empresa comercial, no domingo. (Com New York Times, El País e AFP)
Fonte: O GLOBO
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