Banco Central define a cada 45 dias a taxa básica de juros, com o objetivo de manter a inflação sob controle
O efeito do corte inicial na Selic, mesmo que tenha vindo maior do que o esperado, demorará a chegar a consumidores e empresas, e o fato é que a taxa de juros está num patamar bastante elevado quando se considera uma inflação que está por volta dos 3% em 12 meses.
Apesar disso, esse primeiro empurrão tem um efeito positivo na economia, funcionando como uma "despressurização" da panela de pressão. A taxa deve continuar caindo até 11,75% no final do ano e as quedas, ao que tudo indica, continuarão no início do ano que vem.
Nesse cenário, investidores se sentem mais encorajados a investir, empresas geram novos empregos e os juros cobrados dos clientes também tendem a diminuir.
O Banco Central desagradou o governo Bolsonaro ao elevar a taxa básica de juros em pleno ano eleitoral. Também desagradou o governo Lula, ao manter os juros elevados por bastante tempo.
Ontem, decidiu de forma autônoma cortar a taxa básica de juros, mesmo após as críticas de Lula, em uma ação necessária para enfrentar os desafios da economia.
Com sua autonomia, Roberto Campos Neto, presidente do BC, optou por uma política monetária que buscou controlar a inflação, cumprindo o papel da autoridade monetária. É importante reconhecer o trabalho que foi feito.
Fonte: O GLOBO
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