Texto foi aprovado no começo de julho pelo Senado e aguardava a sanção presidencial desde então
O texto busca "diminuir os custos de cumprimento das obrigações tributárias" e " incentivar a conformidade por parte dos contribuintes". Com a sanção, ficam estabelecidas:
- Emissão unificada de documentos fiscais eletrônicos
- Utilização dos dados de documentos fiscais para preencher automaticamente declarações
- Facilitação dos meios de pagamento de tributos e contribuições, por meio da unificação dos documentos de arrecadação
- Unificação de cadastros fiscais
Pontos vetados
Além da nota fiscal unificada — Nota Fiscal Brasil Eletrônica (NFB-e) —, Lula vetou os seguintes pontos:
- Instituição da Declaração Fiscal Digital Brasil (DFDB), que unificaria as informações dos tributos federais, estaduais, distritais e municipais
- Instituição do Registro Cadastral Unificado (RCU).
Lula argumentou que que a criação da NFB-e, da DFDB e do RCU poderia aumentar o custo das obrigações tributárias tanto para a administração pública quanto para a sociedade "devido à necessidade de evoluir sistemas e aculturar a sociedade a novas obrigações".
O presidente também argumentou que já há no país um conjunto de documentos fiscais eletrônicos em pleno funcionamento.
Sem participação da sociedade civil
Também foi vetada a participação de representantes da sociedade civil no Comitê Nacional de Simplificação de Obrigações Tributárias Acessórias. Lula argumentou que, "por mais importante que seja a participação da sociedade civil no auxílio da administração pública", a medida poderia ser considerada inconstitucional.
"Assim, por mais importante que seja a participação da sociedade civil no auxílio da administração pública, como um todo, a presença de membros alheios às administrações tributárias e aos deveres de sigilo fiscal e de preservação de informações em um comitê técnico que trata de obrigações acessórias seria contrária ao interesse público".
Fonte: O GLOBO
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