Além de iniciar perfuração no litoral do Amapá, estatal planeja ampliar atuação na costa potiguar
Depois de adotar um tom cauteloso sobre as perspectivas de exploração na Foz do Amazonas, a Petrobras se mostra mais otimista com a exploração na Margem Equatorial.
Na última sexta-feira, o diretor executivo de Exploração e Produção da petroleira, Joelson Falcão, estimou que pode obter o aval do Ibama ainda neste ano.
Ele afirmou que a companhia já entrou com recurso de reconsideração para iniciar a perfuração no litoral do Amapá. Lembrou que a companhia já fez todos os estudos ambientais necessários.
Além do pedido envolvendo o poço Amapá Águas Profundas, a uma distância de 160 quilômetros da costa e a 40 quilômetros da fronteira com a Guiana Francesa, o diretor está confiante de obter licença para explorar a Bacia Potiguar, também na Margem Equatorial, no litoral do Rio Grande do Norte.
Em Potiguar já foram perfurados dois poços entre 2014 e 2015. A empresa espera o aval do Ibama para perfurar um terceiro poço.
— Nós não precisamos fazer nenhum estudo adicional (para Amapá Águas Profundas), atendemos a todas as necessidades, e a nossa expectativa é que, sim, recebamos licença para uma das duas bacias, quem sabe até para as duas. Se recebermos para as duas, isso facilitará muito nosso planejamento — disse Falcão.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, vem destacando a importância da exploração e dos estudos na Margem Equatorial como forma de abrir uma nova fronteira de produção na próxima década, já que o pré-sal tende a entrar em declínio nos próximos anos.
O executivo, no entanto, afirma que a decisão final cabe ao governo e que a Petrobras vai aguardar o parecer de Brasília sobre o tema.
Fonte: O GLOBO
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