Uma mineira de 16 anos está internada há dois meses em Belo Horizonte, Minas Gerais, depois que um quadro de sinusite fez com que ela corresse o risco de perder a visão. Nas redes sociais, a jovem publicou um vídeo em que falou sobre o caso.
Na publicação, Gabrielle Monteiro Sousa conta que os exames indicaram que uma bactéria estava crescendo atrás de seu olho após uma sinusite não ter sido devidamente curada. Ela fez um alerta sobre a importância do tratamento correto para a infecção bacteriana para evitar complicações muitas vezes inesperadas.
— A bactéria estava literalmente comendo a minha cabeça. A minha visão ainda não voltou totalmente por causa da cirurgia, e a bactéria também estava afetando a visão, tirando meu olho de órbita. Esse vídeo é um alerta para você que tem sinusite e não procura o médico, o otorrino. Sinusite é coisa séria — disse a moradora de Sete Lagoas.
Ela explica que tudo começou em abril quando acordou um dia para ir à escola e percebeu que o olho estava um pouco inchado. Nos dias seguintes, ele piorou. A jovem chegou a procurar três oftalmologistas na cidade, mas não recebeu um diagnóstico.
A família de Gabrielle decidiu então levar a adolescente para uma emergência de um hospital especializado em olhos na capital, Belo Horizonte. Uma tomografia mostrou que havia algo atrás do seu olho, tirando ele da órbita, empurrando para fora. Os médicos acharam que poderia ser um osso e decidiram operá-la para retirar um pedaço e examinar.
No entanto, durante o procedimento observaram que era uma bactéria. Segundo a jovem, o microrganismo havia permanecido no corpo após um quadro de sinusite (infecção bacteriana das mucosas dos seios da face) que não havia sido devidamente curado.
— Essa bactéria estava comendo essa parte aqui minha toda (lateral do rosto). Está inchado, não dá para ver, mas eu perdi um pedaço do osso porque a bactéria estava quase chegando no meu cérebro. E tudo isso por causa de uma sinusite mal curada. Porque a vida inteira eu tive sinusite, mas eu era aquela pessoa que, quando ela atacava, tomava remédio para dor, mas não tomava antibiótico, só em casos extremos — falou Gabrielle.
A cirurgia durou cerca de oito horas. Ela continua no hospital recebendo antibióticos por via intravenosa, já que os orais não estavam surtindo efeito. Em um outro vídeo, disse que precisará passar por outro procedimento para drenagem. Além disso, os médicos descobriram um tumor durante as investigações, que ainda não sabem se é maligno e que está sendo monitorado.
Fonte: O GLOBO
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