Movimento Verde Amarelo tem organizado festas, caminhadas e recepção das jogadoras brasileiras na Copa do Mundo Feminina 2023

Enquanto a seleção brasileira se movimenta em campo em busca da vitória contra a Jamaica, nesta quarta-feira, para continuar em busca do sonhado título da Copa do Mundo Feminina 2023, a torcida será a 12ª jogadora, responsável por impulsionar o Brasil rumo à classificação às oitavas de final ao ritmo da bateria do Movimento Verde Amarelo do Brasil (MVA).

Entre vitórias e derrotas, a torcida tem se mantido fiel em motivar a seleção brasileira. E elas não estão sozinhas. A famosa Canarinha Guerreira está sempre junta nas concentrações e na recepção na porta do hotel das atletas.

No confronto entre Brasil e França, embate onde as francesas levaram a melhor, a torcida presente na Austrália se deslocou com milhares de pessoas, brasileiros junto de torcedores de outras nacionalidades, em direção ao estádio Brisbane. Segundo a organização do MVA, a estimativa é que durante o “esquenta” 1.500 pessoas tenham se juntado a elas e após começarem a caminhada mais de três mil desfilando e cantando em apoio à seleção brasileira.

Mariana Nene é coordenadora da missão “Copa do Mundo Austrália” e do comitê Elas no Movimento Verde Amarelo, está acompanhando de perto todo esforço para que a festa na Austrália e Nova Zelândia seja a mais bonita e representativa possível. Elas são responsáveis por questões burocráticas como solicitar fechamento de ruas, pedir reforço policial e autorização para equipamentos de som.

— Esse movimento é um caminho sem volta, é um momento de transformação cultural, porque por muito tempo o futebol foi visto como um esporte masculino e que mulher não entendia nada sobre. O movimento tem o propósito contribuir nessa mudança no formato da torcida do Brasil e de ajudar nessa inclusão. Queremos ver mais mulheres e crianças nas arquibancadas, torcendo e sendo feliz junto da nossa seleção — diz Mariana.

Para Fernanda Zaguis, também organizadora do MVA, essa movimentação é o caminho para algo muito maior. Ela conta que ver crianças se sentindo representadas também é incentivar que mais meninas saibam que podem sonhar em ocupar um espaço no futebol brasileiro.

— Sabemos que muitas vezes as meninas não têm essa criação para gostar de futebol. Quando elas veem a foto de mulheres em capas de jornal e nas redes sociais de pessoas iguais a elas na arquibancada, ela percebe que pode ocupar aquele espaço. Recebemos muitas mensagens de mulheres que não puderam vir, mas fazem questão de nos motivar e dizer que estão orgulhosas da nossa animação e incentivo a seleção. Essa luta não é somente por nós, é por elas também — completa.


Fonte: O GLOBO