Francês, recepcionado por cinco mil torcedores no aeroporto, tem a missão de livrar o Vasco do rebaixamento; já reforço do Botafogo, apesar da expectativa de título brasileiro, precisa lidar com a sombra de Tiquinho Soares
Dois últimos jogadores com status de estrela a desembarcar no Brasil para a disputa da segunda metade da temporada, Payet e Diego Costa tiveram ontem —e de formas bem distintas —o primeiro contato oficial com o torcedor. Contratações promissoras para seus times e atrações em campo, os dois chegam ao Rio com objetivos diferentes e dificuldades semelhantes.
Ainda durante a madrugada, Payet foi recebido por milhares de vascaínos que o aguardavam no Aeroporto do Galeão com instrumentos, bandeiras, sinalizadores e fogos. A estimativa é de que até cinco mil torcedores compareceram ao desembarque do novo camisa 10.
— Estou realmente feliz de ter chegado aqui, de ver toda essa paixão da parte da torcida e não vejo a hora de começar a jogar futebol — declarou o francês em breve contato com a imprensa.
Com média de 33 jogos por temporada nas últimas cinco que disputou, todas pelo Olympique de Marselha, da França, Payet participou de 56% das partidas na última delas. Marcou quatro gols e deu três assistências em 27 duelos.
Os números de Payet e Diego Costa nas últimas cinco temporadas — Foto: Editoria de Artes
Sendo assim, aos 36 anos e com qualidade técnica de sobra, a dúvida que paira sobre o camisa 10 é como se adaptará ao futebol local.
Eliminado da Copa do Brasil, o Vasco tem somente o segundo turno do Brasileirão para disputar, o que deixa o calendário mais tranquilo para buscar a fuga do rebaixamento à Série B. Das 20 partidas que restam (uma foi adiada), a tendência é que Payet fique fora das próximas duas e estreie em 3 de setembro, contra o Bahia, na Fonte Nova.
Como se trata de um reforço europeu, o Vasco precisará resolver a documentação junto ao Ministério da Justiça e do Trabalho. Com tudo solucionado com o governo federal, o cruz-maltino enviará, então, os documentos à CBF para inscrever o francês no Bid. Só aí, ele terá condições de jogo.
Ambição pelo título
Já o atacante Diego Costa, reforço do Botafogo, terá uma tarefa mais prazerosa que a de Payet: ajudar o time a confirmar o título do Brasileiro. Por outro lado, encará a dura missão de substituir o artilheiro e xodó da torcida Tiquinho Soares.
Apresentado ontem com a camisa 19, o centroavante fugiu de comparações, enfatizou a importância de Tiquinho e afirmou que a briga por títulos foi fundamental para fechar com o clube.
— Meu objetivo é me entregar aos treinamentos. Quando jogar, vou dar meu máximo, seja começando ou não. Todo jogador tem que ter respeito. Tiquinho é o artilheiro do time, está com uma lesão, mas é curta, graças a Deus. Se puderem jogar os dois, perfeito — analisou Diego Costa. — Sempre pedi a Deus que me mostrasse algo que tivesse sentido. E não tem nada melhor que o Botafogo agora, disputando títulos. Isso foi um fator que pesou.
Com média de apenas 20 jogos nas últimas cinco temporadas, Diego Costa entrou em campo 25 vezes pelo Wolverhampton no ciclo 2022/23. Ainda assim, garante que se sente bem fisicamente por ter treinado durante as férias. Por outro lado, reconhece que ainda precisa de mais tempo com a bola para voltar a atuar.
O jogador e a comissão técnica devem se reunir e discutir a presença de Costa na partida deste sábado, contra o São Paulo — para isso, claro, o Botafogo precisa regularizar o atacante no Bid da CBF, o que deve acontecer até amanhã.
Fonte: O GLOBO
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