A modelo americana, Jennifer Barlow, que foi diagnosticada com a doença ficou 5 meses internada no hospital e precisou amputar a perna infectada
A mídia já a apelidou de bactéria “comedora de carne”. Trata-se da Vibrio vulnificus, uma bactéria que vive nos oceanos e que as autoridades sanitárias dos EUA alertaram que está presente nas águas do Golfo do México e do Caribe mexicano.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, relataram que esta bactéria pode ser mortal e que "muitas pessoas com infecção por Vibrio vulnificus requer cuidados intensivos ou amputação de membros”. Segundo as autoridades americanas, pelo menos cinco pessoas morreram este ano devido a esta doença. Ao menos 1 em cada 5 pacientes com este tipo de infecção morre, às vezes depois de um ou dois dias de adoecimento.
A bactéria despertou o interesse da imprensa há poucos dias, quando a modelo americana Jennifer Barlow tornou público que sofreu uma infecção por Vibrio vulnificus após férias no litoral das Bahamas. A mulher disse em suas redes sociais que acabava de voltar para Atlanta, onde mora, das férias de janeiro, quando começou a notar um inchaço na perna esquerda.
“Foram pelo menos três vezes o tamanho do meu joelho esquerdo. Foi realmente assustador", disse ele ao The New York Post. “Eu estava com dores insuportáveis”, acrescentou. A modelo foi então ao pronto-socorro, onde os médicos prescreveram repouso e muletas.
Jennifer Barlow começou a passar mal na casa do irmão. O primeiro sintoma foi um súbito desmaio no chão da cozinha. Ela foi levada ao hospital e diagnosticada com uma infecção por Vibrio vulnificus. Barlow sofreu choque séptico e apresentava sinais de insuficiência renal e hepática, segundo os médicos.
As autoridades de saúde relataram que Barlow contraiu uma infecção bacteriana rara que causa fasceíte necrosante, “uma infecção grave na qual a carne ao redor da ferida aberta morre”, de acordo com relatórios do CDC.
Em alguns relatos da mídia, este tipo de infecção é chamado de “bactéria carnívora”, embora a fasceíte necrosante possa ser causada por mais de um tipo de bactéria”, explicam as autoridades de saúde dos EUA. O problema é que a infecção se espalha rapidamente pela área da pele por onde a bactéria entrou e, se não for tratada com antibióticos, pode matar o paciente em poucos dias. A perna infectada de Barlow teve que ser amputada.
“Agora que estou estabilizada quero compartilhar a minha história com o mundo sobre a minha experiência de quase morte. Está sendo como reaprender a ser um ser humano”, escreveu a modelo em suas redes sociais.
As chamadas “superbactérias” tornaram-se uma causa de elevada mortalidade no mundo e matam mais pessoas do que a malária e alguns tipos de câncer.
Um relatório publicado este ano na revista médica The Lancet revela que infecções causadas por bactérias resistentes a antibióticos matam 1,2 milhões de pessoas por ano. O CDC alertou os cidadãos dos EUA que a bactéria mortal está presente nas costas dos EUA e no Golfo do México e nas águas do Caribe. Reproduz-se rapidamente durante o verão, pois gosta de águas mornas.
As infecções podem ocorrer quando as bactérias entram em contato através de feridas na pele, mas também pela ingestão de ostras, peixes e mariscos crus ou mal preparados. De acordo com o CDC, uma pessoa infectada pode apresentar sintomas como, diarreia, náusea, vômito, febre, pressão arterial “perigosamente baixa” e lesões de pele, como bolhas.
Depois vem a vermelhidão da área afetada, dor, inchaço, sensação de calor e descoloração. Se não for tratada a tempo com antibióticos especiais, a infecção pode ser fatal e acabar com a vida do paciente em pouco tempo. “Os médicos poderão ter de amputar as pernas ou os braços do paciente para remover tecido morto ou infetado”, alertam as autoridades de saúde.
Fonte: O GLOBO
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