Entidades querem ter acesso as assembleias com direito a voz e voto; além de melhorar o orçamento
Às vésperas dos jogos Pan-Americanos, que começam no dia 20 de outubro, em Santiago, no Chile, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) enfrenta uma guerra silenciosa com as confederações brasileiras vinculadas, as Pan-Americanas — cujos esportes estão presentes nos Pan, mas não nas olimpíadas. Essas entidades querem ter voz e direito a voto nas assembleias do COB. Hoje, elas só participam se forem convidadas.
Para isso, essas confederações, que são sete (Karatê, Boliche, Squash, Hóquei e Patinação, Beisebol e Softbol, Esqui Aquático e Wakeboard, e Musculação, Fisiculturismo e Fitness), enviaram um ofício ao Conselho de Administração do COB, em 16 de junho. A solicitação foi que o pedido para que tenham direito a voto fosse incluído em pauta da próxima Assembleia Geral Ordinária. Ou que fosse marcada uma Assembleia Extraordinária.
O Conselho de Administração se reuniu em 30 de agosto e negou o pedido. Entretanto, na ata da reunião, um item chamou atenção, o que desagradou ainda mais as entidades. No documento consta que as confederações queriam mudar o seu “status”, ou seja, de “Pan-americanas” para “olímpicas”, o que não foi o pedido feito e que tampouco pode ser feito.
As confederações enviaram um novo ofício ao Conselho de Administração no dia 16 de setembro, repetindo o pedido e solicitando informações do porquê a pauta ter sido apresentado como mudança de status. O documento, desta vez, subiu o tom e expôs alguns problemas na relação do COB com essas entidades.
Foram pontuados o não repasse regular de verba e a não inclusão delas nas Assembleias mesmo que como ouvintes, além da cobrança por medalhas tanto no Pan quanto nos jogos Sul-americanos. Uma das reclamações, por exemplo, é que o COB projetou investir R$ 259 milhões nas entidades olímpicas, mas somadas, as vinculadas não chegam a receber, juntas, R$ 1 milhão.
Paulo Wanderley, presidente do COB — Foto: Marina Ziehe / Divulgação COB
O documento alega que em agosto de 2020, as confederações receberam um comunicado do COB informando que “Com a finalidade de aproximar as CPA das Confederações Olímpicas, não há problema em que se inicie ou se retome um processo de convite para participarem da Assembleia do COB. Seria um primeiro passo, para depois, após uma discussão mais profunda, em foro específico, evoluir para a situação de participação com voto.”
Entretando, ainda de acordo com as Confederações Pan-americanas, “desde a data de tal comunicado oficial (24 de agosto de 2020), já foram realizadas em 2020: 3 assembleias: em 2021: 2 assembleias; em 2022: 2 assembleias; e em 2023: 1 assembleia. Em nenhuma destas 8 (oito) oportunidades fomos convidados a participar com havia sido informado”.
O presidente do COB, Paulo Wanderley, respondeu no dia 21 de setembro. Ele afirmou que "os estatutos das associações, como é o caso do COB, podem estabelecer diferentes categorias de associados com benefícios específicos, o que não configura discriminação". E que "após uma ampla e profunda deliberação, o Conselho de Administração decidiu que a matéria não deveria seguir para a Assembleia, mantendo as entidades na categoria de Vinculadas e, portanto, sem direito a voto nas assembleias".
Além disso, alegou que "a participação na Assembleia a convite do Presidente do COB não é o único direito das entidades, pois estas recebem recursos por meio do Programa de Preparação Pan-americana, além do financiamento de todas as despesas de seus atletas e dirigentes durante os Jogos". E disse considerar "injusta a acusação de discriminação, pois em nenhuma das Assembleias mencionadas no ofício foram tratados assuntos de interesse das confederações pan-americanas, sendo desnecessária a sua participação em tais reuniões".
A última parte vem sendo questionada pelas confederações pan-americanas já que consta na assembleia de 16 de dezembro do ano passado, foi apresentado o orçamento do COB para 2023. E consta em ata que discutiram o orçamento par aos jogos Pan-Americanos.
Ambos os lados se encontraram na COB EXPO, em São Paulo, na última semana de setembro. Contudo, as discussões não avançaram.
Fonte: O GLOBO
Paulo Wanderley, presidente do COB — Foto: Marina Ziehe / Divulgação COB
O documento alega que em agosto de 2020, as confederações receberam um comunicado do COB informando que “Com a finalidade de aproximar as CPA das Confederações Olímpicas, não há problema em que se inicie ou se retome um processo de convite para participarem da Assembleia do COB. Seria um primeiro passo, para depois, após uma discussão mais profunda, em foro específico, evoluir para a situação de participação com voto.”
Entretando, ainda de acordo com as Confederações Pan-americanas, “desde a data de tal comunicado oficial (24 de agosto de 2020), já foram realizadas em 2020: 3 assembleias: em 2021: 2 assembleias; em 2022: 2 assembleias; e em 2023: 1 assembleia. Em nenhuma destas 8 (oito) oportunidades fomos convidados a participar com havia sido informado”.
O presidente do COB, Paulo Wanderley, respondeu no dia 21 de setembro. Ele afirmou que "os estatutos das associações, como é o caso do COB, podem estabelecer diferentes categorias de associados com benefícios específicos, o que não configura discriminação". E que "após uma ampla e profunda deliberação, o Conselho de Administração decidiu que a matéria não deveria seguir para a Assembleia, mantendo as entidades na categoria de Vinculadas e, portanto, sem direito a voto nas assembleias".
Além disso, alegou que "a participação na Assembleia a convite do Presidente do COB não é o único direito das entidades, pois estas recebem recursos por meio do Programa de Preparação Pan-americana, além do financiamento de todas as despesas de seus atletas e dirigentes durante os Jogos". E disse considerar "injusta a acusação de discriminação, pois em nenhuma das Assembleias mencionadas no ofício foram tratados assuntos de interesse das confederações pan-americanas, sendo desnecessária a sua participação em tais reuniões".
A última parte vem sendo questionada pelas confederações pan-americanas já que consta na assembleia de 16 de dezembro do ano passado, foi apresentado o orçamento do COB para 2023. E consta em ata que discutiram o orçamento par aos jogos Pan-Americanos.
Ambos os lados se encontraram na COB EXPO, em São Paulo, na última semana de setembro. Contudo, as discussões não avançaram.
Fonte: O GLOBO
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