Dados do mercado de trabalho em setembro foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE

O número de ocupados no Brasil atingiu 99,8 milhões no trimestre encerrado em setembro, o maior número da série histórica do IBGE, que começa em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo órgão, que informou que a taxa de desemprego recuou a 7,7% no período, em linha com o esperado por economistas. Em agosto, a desocupação havia sido de 7,8%.

- A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023 - apontou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, no material de divulgação do IBGE.

Renda cresceu

O rendimento médio real atingiu R$ 2.982 em setembro, alta de 1,18% na comparação com o registrado em agosto. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,2%.

- Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento no rendimento médio dos empregados com carteira no setor privado, empregados no setor público e trabalhadores por conta própria - apontou Beringuy. - Entre as atividades, houve expansão significativa do rendimento dos trabalhadores da indústria e da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 293 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,7%. 

“Diante de uma expansão da população ocupada, temos como resultado o aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influência da maior participação de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que têm, em média, rendimentos maiores”, analisa a pesquisadora.


Fonte: O GLOBO