Organização afirma que dois dos detidos integravam o grupo terrorista Hamas; desde o início do conflito, militares afirmam que mais de mil palestinos foram presos na região

As Forças Armadas de Israel, a Shin Bet (agência de segurança interna do país) e o programa Magen (escudo, em hebraico) prenderam, na noite desta sexta-feira, 11 pessoas que estavam sendo procuradas por suspeita de envolvimento com o terrorismo na Judeia e na Samaria, na Cisjordânia. Entre os detidos, Israel afirma que dois integravam o grupo terrorista Hamas.

As operações também se estenderam ao campo de refugiados em Jalazone. Os militars israelenses prenderam outras três pessoas procuradas, interrogaram suspeitos e destruíram uma casa "ilegal" de um ativista identificado por Israel como Bugs Nachala, que também seria associado ao Hamas.

"As Forças Armadas de Israel, o Shin Bet e o Magen detiveram nesta noite pessoas procuradas por suspeita de envolvimento em atividades terroristas em toda a divisão da Judeia e Samaria. No âmbito da atividade, foram detidas 11 pessoas procuradas, incluindo dois operacionais da organização terrorista Hamas", escreveram as forças de Israel na rede social X (antigo Twitter).

Neste sábado, a prisão de um suspeito em um campo de refugiados em Dheishe, próximo a Belém, terminou em confronto. Segundo a publicação feita pelas forças israelenses no X, os soldados "responderam com disparos" a um tumulto. Foram encontrados feridos, mas nenhum número foi divulgado.

Desde o início da guerra Israel x Hamas, que teve início no dia 7 de outubro, as Forças Armadas de Israel, que têm feito amplas varreduras em muitos bairros, afirmam que prenderam mais de 1.020 pessoas procuradas na região, e que mais de 700 "eram associadas ao Hamas". O número de palestinos presos sobe para 1,5 mil segundo a agência al-Jazeera. A agência tambpem afirma que milhares de trabalhadores de Gaza, empregados no Estado judeu quando o conflito eclodiu, estão desaparecidos.

Apesar de ser adminsitrada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), a Cisjordânia está sob controle militar de Israel, que ocupa a região desde 1967. No território vivem cerca de 3,2 milhões de pessoas, acima dos pouco mais de 2,3 milhões da Faixa de Gaza, porém abaixo dos cerca de 9 milhões de Israel.

Desde o ataque a Israel em 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, e os ataques de retaliação de Israel em Gaza, que mataram mais de 7,7 mil palestinos, as tensões têm aumentado constantemente na Cisjordânia: ao menos 73 palestinos morreram na região em ações das forças israelenses ou de colonos desde o início do conflito.


Fonte: O GLOBO