Além de nos protegermos da brutal violência que assola o país, temos que torcer para não nos assemelharmos a outras pessoas?
Impossível esquecer. Na manhã do dia 05 de outubro, acordamos com mais uma notícia de extrema violência no Brasil.
Três médicos que tomavam cerveja em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foram executados por criminosos em uma ação que durou menos de um minuto! Eles estavam na cidade para se dedicar ao estudo e compartilhar conhecimento em um Congresso Médico internacional. Um deles, com 33 ano, outro com 35 e um terceiro aos 62 anos de idade. Famílias destroçadas em segundos, sonhos interrompidos com tiros, vidas ceifadas cruelmente!
A hipótese de que foram confundidos com milicianos não diminui em nada a gravidade da situação, muito pelo contrário. Além de nos protegermos da brutal violência que assola o país, temos que torcer para não nos assemelharmos a outras pessoas?!
Independentemente de serem três médicos, pois poderiam ser advogados, vendedores, garis, ou qualquer outro profissional que se empenha em acordar e trabalhar para sustentar sua família. Ficamos absolutamente chocados, perplexos, assustados, inseguros, decepcionados, inconformados, entre outros tantos sentimentos.
Mas, mesmo com todos os crimes de assassinatos, corrupção (que mata muitos aos poucos), injustiças com as quais convivemos no dia a dia, mantemos a esperança de que um dia puniremos os culpados, sejam eles criminosos do tráfico, de milícias, profissionais liberais, empresários, políticos, ou qualquer um que cometeu um crime. Mas o tempo passa e pouco se faz.
Por outro lado, no dia seguinte ao bárbaro crime no quiosque, foram encontrados quatro corpos dos supostos assassinos do dia anterior...
Enquanto a sociedade, maioria dos mais de 200 milhões de habitantes honestos do Brasil, trabalha à espera de justiça diária, os criminosos são aparentemente condenados a morte em menos de 24 horas pelo erro do crime que cometeram. Quem os condenou? O tal do Tribunal do Crime? São eles tão cruéis assim ou tão rigorosos em suas legislações? Procuraram fazer justiça ao matar os matadores?!
A justiça é definida pelo dicionário Oxford como substantivo feminino que significa qualidade do que está em conformidade com o que é direito, maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo.
Cada frase que escrevo aqui me deixa mais apreensivo, tenso, incrédulo de um futuro do Brasil para uma sociedade justa, mais igualitária, com menos desigualdade e injustiça.
Procuro nas notícias, todos os dias, as ações que promovam um país mais justo e me decepciono a cada manhã quando finalizo a leitura dos jornais...
Saio de casa diariamente preocupado com meus familiares, amigos, vizinhos, colegas... Volto para casa à noite agradecendo por mais um dia que sobrevivemos à violência brasileira, no mais amplo sentido, não apenas criminal.
Hoje, me solidarizo com os familiares destes três profissionais da saúde vítimas de um crime brutal, mas me solidarizo também com os familiares das vítimas dos outros 110 assassinatos diários que ocorrem por esse Brasil afora!
Eu fico apavorado com a justiça dos injustos, na sua forma, crueldade e rapidez, mas me apavoro tanto quanto com a lentidão, leniência e falta da justiça dos justos.
Continuo lutando para que vivamos em um país que possa ser mais humano, mais prazeroso, mais justo pelo menos para os nossos netos!
Fonte: O GLOBO
A hipótese de que foram confundidos com milicianos não diminui em nada a gravidade da situação, muito pelo contrário. Além de nos protegermos da brutal violência que assola o país, temos que torcer para não nos assemelharmos a outras pessoas?!
Independentemente de serem três médicos, pois poderiam ser advogados, vendedores, garis, ou qualquer outro profissional que se empenha em acordar e trabalhar para sustentar sua família. Ficamos absolutamente chocados, perplexos, assustados, inseguros, decepcionados, inconformados, entre outros tantos sentimentos.
Mas, mesmo com todos os crimes de assassinatos, corrupção (que mata muitos aos poucos), injustiças com as quais convivemos no dia a dia, mantemos a esperança de que um dia puniremos os culpados, sejam eles criminosos do tráfico, de milícias, profissionais liberais, empresários, políticos, ou qualquer um que cometeu um crime. Mas o tempo passa e pouco se faz.
Por outro lado, no dia seguinte ao bárbaro crime no quiosque, foram encontrados quatro corpos dos supostos assassinos do dia anterior...
Enquanto a sociedade, maioria dos mais de 200 milhões de habitantes honestos do Brasil, trabalha à espera de justiça diária, os criminosos são aparentemente condenados a morte em menos de 24 horas pelo erro do crime que cometeram. Quem os condenou? O tal do Tribunal do Crime? São eles tão cruéis assim ou tão rigorosos em suas legislações? Procuraram fazer justiça ao matar os matadores?!
A justiça é definida pelo dicionário Oxford como substantivo feminino que significa qualidade do que está em conformidade com o que é direito, maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo.
Cada frase que escrevo aqui me deixa mais apreensivo, tenso, incrédulo de um futuro do Brasil para uma sociedade justa, mais igualitária, com menos desigualdade e injustiça.
Procuro nas notícias, todos os dias, as ações que promovam um país mais justo e me decepciono a cada manhã quando finalizo a leitura dos jornais...
Saio de casa diariamente preocupado com meus familiares, amigos, vizinhos, colegas... Volto para casa à noite agradecendo por mais um dia que sobrevivemos à violência brasileira, no mais amplo sentido, não apenas criminal.
Hoje, me solidarizo com os familiares destes três profissionais da saúde vítimas de um crime brutal, mas me solidarizo também com os familiares das vítimas dos outros 110 assassinatos diários que ocorrem por esse Brasil afora!
Eu fico apavorado com a justiça dos injustos, na sua forma, crueldade e rapidez, mas me apavoro tanto quanto com a lentidão, leniência e falta da justiça dos justos.
Continuo lutando para que vivamos em um país que possa ser mais humano, mais prazeroso, mais justo pelo menos para os nossos netos!
Fonte: O GLOBO
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