O ministro está sendo questionado diretamente sobre o assunto desde segunda-feira, quando se reuniu com Lula para tratar do tema
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou novamente responder sobre eventual mudança na meta fiscal de 2024, que estabelece como regra zerar o déficit das contas públicas. Ele indicou que a discussão interna sobre o tema segue e declarou que novidades serão reportadas, sem cravar data.
O ministro está sendo questionado diretamente sobre o assunto desde segunda-feira, quando se reuniu com Lula para tratar do tema. Na sexta-feira passada, o presidente contrariou a equipe econômica ao declarar que um déficit de 0,25% do PIB seria aceitável e o compromisso de zerar o rombo fiscal em 2024 seria dificilmente atingido.
Todos os integrantes da equipe econômica, em pronunciamentos públicos, estavam em discurso único na defesa de zerar o rombo das contas públicas. Nesta sexta-feira, ao ser novamente questionado, Haddad enfatizou:
— Quando tiver novidades falo com vocês. Só me reserva o direito de falar na hora que eu puder. É muita agressividade (questionamentos recorrentes). Nunca fui agressivo com vocês (jornalistas). Assim que eu tiver novidades eu reporto. Vale o que eu falei ontem (sobre meta fiscal) — declarou, nesta sexta-feira, se referindo a jornalistas no Ministério da Fazenda.
Ontem, também sobre o tema, o ministro declarou que ele não recorre a subterfúgios e que novidades serão anunciadas, quando houverem. Ele mencionou também que a pressão sobre o assunto chegou a um ponto “a partir do qual fica contraproducente e não ajuda”.
O déficit primário é o balanço de receitas e despesas, sem considerar o pagamento de juros. Para 2024, a equipe econômica, estabeleceu uma meta de zerar esse saldo negativo.
Após Lula reconhecer que dificilmente esse compromisso será atingido, o governo estuda uma revisão, que pode ficar em déficit de 0,25% a 0,50% em relação ao PIB. Atualmente, o intervalo almejado é de 0,25% de déficit a 0,25% de superávit.
Nas conversas que teve com Lula desde segunda-feira, Haddad vem tratando de projetos que precisam ser apreciados pelo Congresso e podem aumentar a arrecadação. A meta de zerar o déficit depende de um adicional de receitas próximo de R$ 169 bilhões.
Fonte: O GLOBO
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