Quatro jovens teriam sido vítimas do esquema. Ação da PF ocorreu na segunda-feira (13), mas só agora veio à tona
Porto Velho, RO - A Polícia Federal (PF) está investigando uma denúncia de sequestro, assédio sexual, importunação sexual e tráfico de pessoas envolvendo o “Navio Cabaré”. O cruzeiro, da empresa Promoação, teve como atrações principais os sertanejos Leonardo e a dupla Bruno e Marrone. O crime foi denunciado por uma das vítimas, que conseguiu falar com a família.
A informação, publicada pelo jornal O Globo, é de que quatro jovens teriam sido vítimas do esquema. Elas têm idades entre 18 e 21 anos. A abordagem da PF ocorreu na segunda-feira (13), mas só agora o fato veio à tona.
Segundo a PF, após chegarem ao navio, as quatro jovens relataram que perceberam que funcionários entregavam bebidas suspeitas de conter substâncias.
Elas disseram que eram impedidas de se comunicar com familiares e só podiam se locomover no navio com vigilância. Uma delas conseguiu acesso a um celular e avisou a família, que procurou a Polícia Federal.
As vítimas contaram que foram contratadas como modelos, mas perceberam que os serviços eram outros e que estavam sendo monitoradas. Segundo a PF, as moças são de Santa Catarina e São Paulo.
O navio saiu de Santos, em São Paulo, e foi abordado pela PF em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. As quatro jovens foram resgatadas.Cenas fortes! Vídeo mostra homem sendo esfaqueado mais de 20 vezes durante assassinato no Norte do Paraná
Empresa nega crimes
Em nota, a empresa responsável pelo cruzeiro afirmou que a denúncia é infundada e desprovida de qualquer prova. Segundo a empresa, todas as informações já foram esclarecidas “junto à autoridade policial local, a qual, nessa premissa, entendeu que os fatos narrados não se sustentam, afastando inclusive a prisão de qualquer envolvido”.
Ainda conforme a empresa, os músicos que se apresentaram no navio não tiveram nenhuma relação com o episódio. O jornal O Globo procurou as assessorias dos cantores, que não se manifestaram.
As jovens, após serem resgatadas pela PF, foram encaminhadas à delegacia. Elas foram encaminhadas para exames no Instituto Médico-Legal (IML) e a PF continua as investigações.
Veja a nota completa da Promoação:
“A produtora responsável pelo evento vem ao público informar que a denúncia que trata a matéria jornalística é infundada e desprovida de qualquer prova. Nesse passo, a produtora refuta com veemência todas as acusações perpetradas, já esclarecidas perante a Autoridade Policial local, a qual, nessa premissa, entendeu que os fatos narrados não se sustentam, afastando inclusive a prisão de qualquer envolvido.
Cumpre à produtora reafirmar seu respeito e compromisso com seu público, passageiros e todos que participam e colaboram para o êxito e crescimento de tão relevante projeto. Todas as medidas cabíveis para trazer a verdade ao público serão tomadas e a produtora não medirá esforços para tanto.
Ressaltamos que diferente do que foi noticiado, não houve flagrante ou prisão de pessoas, apenas solicitaram depoimentos para esclarecimentos e que, os artistas embarcados nada tem a ver com o acontecido”.
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