A Polícia Civil de São Paulo prendeu dez foragidos da Justiça que estavam no público que assiste aos treinos do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, que acontece no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. A corrida deste ano está marcada para às 14h de domingo (5).
Os agentes identificaram os procurados pelo judiciário por meio do cruzamento dos dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a organização do evento. A Interpol também deu informações que permitiram a localização dos fugitivos.
"Todos os detidos eram alvo de ordem judicial de prisão, em virtude de condenação ou decisão cautelar, pelo cometimento de crimes de diferentes naturezas, entre eles roubo e pedofilia", informou a SSP.
Uso de inteligência artificial
As prisões aconteceram a partir da aplicação do programa Muralha Paulista. Trata-se de um sistema que integra diferentes bancos de dados, "onde algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial analisam em tempo real as informações cadastrais do público". A partir desta análise os policiais que atuam no evento são alertados.
"O sistema funciona de forma automatizada desde o momento da compra do ingresso, por exemplo, fazendo a verificação em diversas bases de dados estaduais e federais, como o Córtex, que é uma ferramenta de vigilância e controle compartilhada com o estado de São Paulo pelo Governo Federal por meio de Termo de Cooperação assinado em março deste ano", explica a SSP.
GP São Paulo até 2030
A Fórmula 1 e a prefeitura de São Paulo anunciaram nesta sexta-feira a extensão do contrato para que o Autódromo de Interlagos receba o Grande Prêmio da categoria até 2030. A prorrogação do vínculo estava prevista no acordo até então em vigência, assinado pelo ex-prefeito Bruno Covas (PSDB) em 2020, que tinha validade até 2025.
A prefeitura de São Paulo desembolsará US$ 125 milhões (o equivalente a R$ 627,3 milhões na cotação atual) para manter a cidade no mapa da Fórmula 1 por mais tempo. A capital paulista temia a possibilidade de precisar disputar seu espaço no calendário da categoria com outras cidades, como Madri, que manifestou interesse de sediar um grande prêmio.
O Autódromo de Interlagos integra a grade de circuitos do calendário oficial da F1 ininterruptamente desde 1990. Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, o então presidente chegou a dizer que havia "99% de chance" de o Grande Prêmio brasileiro passar a ser sediado no Rio de Janeiro a partir de 2021. O então governador João Doria (à época no PSDB) se opôs e apoiou Covas no plano de assinar um novo contrato com a Fórmula 1.
Fonte: O GLOBO
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