Time pode conquistar a maior glória do clube em mais de 120 anos neste sábado no Maracanã; tricolores famosos opinam
O lema da Libertadores traduz o peso da conquista da principal competição sul-americana. Hoje, o que o Fluminense de Fernando Diniz, Cano, John Kennedy, Marcelo, Fábio, Ganso e demais busca é realmente a glória eterna. Pois passem quantos anos ou décadas, o triunfo no Maracanã diante do Boca Juniors estará gravado na taça da competição, na história do clube e de cada tricolor que sonha com este momento. Isso é indelével.
O lugar exato deste time na prateleira das grandes conquistas tricolores em mais de 120 anos pode pender de acordo com as memórias afetivas de cada torcedor e com análises de determinado recorte histórico.
Renato Gaúcho comemora o gol de barriga que deu o título carioca ao Fluminense sobre o Flamengo em 1995 — Foto: Aníbal Philot / Agência O Globo
Aos mais velhos, a “Máquina Tricolor”, de Rivelino, nos anos 1970, ou o time do Casal 20 Washington e Assis, dos anos 1980, podem ter entregado o melhor futebol. Aos mais novos, o gol de barriga de Renato Gaúcho, nos anos 1990, e o bicampeonato brasileiro liderado por Fred e Conca, no século atual, podem significar o momento do nascimento de uma paixão.
Mas é ponto pacífico que será a maior conquista de todos os tempos do time das Laranjeiras, que, nos últimos três anos, passou a se acostumar a disputar a competição. E a cada edição da Libertadores tem se mostrado mais forte.
—Essa é a grande conquista que falta ao Fluminense. O clube já foi campeão de tudo, só não conseguimos esse título. O que mais o torcedor quer? Poder decidir um título dessa envergadura, no Maracanã, com a torcida. De maneira nenhuma pode desperdiçar essa chance de novo — disse Carlos Alberto Parreira, técnico campeão carioca em 1975 e brasileiro em 1984, que acompanhará o jogo de casa por motivos de saúde.
Fred comemora seu último gol em jogo de despedida pelo Fluminense — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo
Os personagens do possível título também jamais serão esquecidos. Cada tricolor saberá de cor a escalação campeã. Mas será que entrarão no panteão dos maiores ídolos, ou até de maior referência do clube de todos os tempos?
Até hoje essa pergunta divide os tricolores. Ser ídolo de um clube envolve questões que vão além dos títulos conquistados. Depende da identificação, do tempo de casa e das circunstâncias das conquistas. Mas alguns nomes estão na boca da torcida para alcançar tal status.
— Cano, Marcelo, Fábio e John Kennedy. Esses seriam os nossos heróis do título. Fred é nosso maior ídolo vivo, com certeza. Mas é impossível não citar Washington e Assis como estrelas do nosso passado — diz o cantor e tricolor Ferrugem, que vai se apresentar na cerimônia de abertura da final da Libertadores.
— A expectativa e a emoção estão a mil. Tem muito valor afetivo meu envolvido nesta apresentação, sabe? Meu time do coração e minha arte. Estou felizão de poder viver esse combo, num momento tão bonito da história do Fluminense.
Flavio Canto — Foto: Reprodução/Instagram
O ex-judoca Flávio Canto, que há uma semana só respira o Fluminense, vai além. Escala Fernando Diniz nesta lista. O técnico é diretamente responsável pela presença do tricolor em sua segunda final de Libertadores. Mas para qualquer um superar nomes como Fred, Assis, Romerito, Félix, Rivelino, entre outros, vai precisar de um outro título que ainda pode vir este ano.
—Não podemos não falar do Diniz, que é um monstro e se propôs a mudar completamente a filosofia do futebol. Desse time, para superar os outros precisa de mais tempo de topo, a não ser que vença o Mundial também. Se ganhar o Mundial, aí não temos mais o que falar — afirma Canto, que aposta em Cano, Fábio ou John Kennedy para destaques da decisão.
Flavio Canto — Foto: Reprodução/Instagram
O ex-judoca Flávio Canto, que há uma semana só respira o Fluminense, vai além. Escala Fernando Diniz nesta lista. O técnico é diretamente responsável pela presença do tricolor em sua segunda final de Libertadores. Mas para qualquer um superar nomes como Fred, Assis, Romerito, Félix, Rivelino, entre outros, vai precisar de um outro título que ainda pode vir este ano.
—Não podemos não falar do Diniz, que é um monstro e se propôs a mudar completamente a filosofia do futebol. Desse time, para superar os outros precisa de mais tempo de topo, a não ser que vença o Mundial também. Se ganhar o Mundial, aí não temos mais o que falar — afirma Canto, que aposta em Cano, Fábio ou John Kennedy para destaques da decisão.
O rapper Xamã acompanha o Fluminense no Maracanã — Foto: Arquivo Pessoal
Neste sábado, a torcida também aguarda uma espécie de “reparação histórica”. A derrota na final de 2008, no mesmo Maracanã, ainda dói. Um time que, por pouco, não entrou na prateleira mais alta da história tricolor. Ainda assim, Thiago Neves e Washington, por exemplo, são sempre lembrados com carinho pelos torcedores.
— Eu só consigo pensar no dia 4 de novembro (risos). Estou muito nervoso e preso em uma noite que já dura 15 anos. Sábado (hoje), com toda certeza, estarei lá com a minha camisa retrô torcendo muito por esse título — diz o rapper e ator Xamã.
Dj Nath já tocou em festa do Fluminense no Maracanã — Foto: Reprodução/Redes sociais
A DJ Nath, que já levantou a torcida tricolor em eventos do clube no Maracanã, faz coro ao rapper.
— A história começou naquela noite fatídica de 2008, quando eu tinha 13 anos e passei dois dias sem ir pra escola com febre emocional…e espero que, agora com 28, eu possa enfim viver esse final feliz! Esse time só ficaria atrás do inesquecível “time de guerreiros” de 2009 que, com 99,9% de chance de ser rebaixado, escapou do rebaixamento e se consagrou campeão brasileiro no ano seguinte. Nunca tinha vivido uma emoção igual! — conta a DJ Nath, que foi a todos os jogos da campanha tricolor na Libertadores e já separou a camisa da sorte.
Fonte: O GLOBO
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