Clientes se esconderam debaixo de mesas de rede de fast food; não houve relatos imediatos de vítimas nem há alerta de tsunami
Não houve relatos imediatos de vítimas, mas o terremoto foi sentido em uma ampla área da ilha montanhosa.
— Acho que foi o terremoto mais forte que já experimentei — disse Keeshia Leyran, 27 anos, à AFP na cidade de Davao, a cerca de 200 quilômetros do epicentro, onde participava de uma conferência. — As pessoas ao meu redor estavam em pânico e correndo para sair. Há centenas de pessoas aqui no evento, então, para ser honesta, eu estava com mais medo de que uma debandada acontecesse.
Uma foto compartilhada no Facebook e verificada pela AFP mostra que um teto desabou dentro de um shopping na cidade de General Santos, a menos de 100 quilômetros do epicentro. Um vídeo mostrou clientes apavorados em outro shopping da mesma cidade, escondidos sob as mesas de um restaurante fast-food e gritando enquanto o prédio tremia e pedaços do teto caíam.
— Estávamos no segundo andar, então não havia nada que pudéssemos fazer a não ser nos esconder embaixo das mesas — disse Gregorio Narajos, 34 anos, que filmou o vídeo.
Ele tinha acabado de pedir comida quando ocorreu o terremoto.
— A energia caiu dois ou três segundos após o terremoto. Ela voltou depois de um tempo — disse Narajos. — Vi coisas caindo do teto. Quando saímos, vimos rachaduras e detritos lá fora.
Estudantes são levados para hospital
Cerca de 30 estudantes de uma escola secundária próxima foram tratados por dificuldades respiratórias devido ao pânico que se seguiu ao terremoto, disse Adrian Imbong, funcionário dos serviços médicos de emergência na cidade de General Santos.
Policial do município de Sarangani, capitão Giecarrjune Villarin disse que o terremoto foi “muito forte”.
Ele e seus colegas fugiram de seu prédio na ilha, que fica a cerca de 30 quilômetros a sudeste de onde ocorreu o terremoto.
— Vimos pessoas correndo para fora de uma academia próxima, onde jogavam basquete — disse ele.
Os terremotos são uma ocorrência diária nas Filipinas, que fica ao longo do "Anel de Fogo" do Pacífico, um arco de intensa atividade sísmica e também vulcânica que se estende do Japão, passando pelo Sudeste Asiático e pela bacia do Pacífico.
A maioria dos abalos são fracos para serem sentidos pelos humanos, mas os fortes e destrutivos surgem aleatoriamente, sem tecnologia disponível para prever quando e onde irão acontecer.
Algumas escolas no município de Jose Abad Santos, na província de Davao Ocidental, relataram rachaduras em seus edifícios, disse Jason Sioco, membro da agência local de desastres.
Mas ele disse que não houve relatos de feridos ou “danos substanciais”.
Fonte: O GLOBO
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