Equipes de resgate seguem no local, que seria propriedade de um brasileiro conhecido como 'Paraíba'

O desabamento de mina a céu aberto na Amazônia venezuelana matou ao menos 10 nacionais do país e feriu outros três brasileiros, segundo as autoridades locais. O garimpo fica localizado em Sán José de Wadamapa, no estado de Bolívar. O colapso de parte da estrutura ocorreu nesta quinta-feira. Desde então, equipes de resgate seguem no local, em busca de desaparecidos.

Os três brasileiros feridos foram identificados como Edevaldo da Silva Almeida, José Edemilson da Silva e Leonardo do Santos, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Cidadã do governo de Bolívar.

Entre os dez mortos, ao menos cinco já foram identificados. Agentes de resgate recuperaram os corpos de Camilo Adelis Banavidez Sucre, Argenis Rojas, Patricio Mujica, Francisco Lima e de uma quinta pessoa nomeada apenas como Yonni.

Agentes da Secretaria de Segurança Cidadã e o governador Ángel Marcano estiveram na mina nesta quinta-feira para acompanhar os trabalhos de resgate — de acordo com a pasta, sob instruções do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Em post no Instagram, Marcano lamentou a tragédia e prestou condolências às famílias das vítimas.

Inicialmente, ao exibirem imagens dos esforços de resgate, as autoridades locais citavam cinco mortos. Mais tarde, revisaram o número para 10.

Segundo a ONG SOS Orinoco, que denunciou o acidente nas redes sociais, a mina é de propriedade de um brasileiro conhecido como "Paraíba". A organização não governamental havia noticiado um total de 18 mortos no episódio, o que não foi confirmado pelas autoridades locais.

"Tragédia anunciada! Desabamento mortal da mesma mina paraibana em San José de Wadamapa, em Icabarú, Bolívar, que já havia desabado em 12 de novembro", destacou a organização, que classificou a atividade em minas do tipo como "desumana".

Ainda de acordo com a ONG, no dia 12 de novembro, a mesma mina sofreu um outro desabamento de um barranco de cerca de 10 metros. Na ocasião, não houve relatos de mortes.


Fonte: O GLOBO