Membro político do grupo terrorista disse que negociações não ocorrerão enquanto os combates continuarem
Israel recorreu ao Egito para mediar um novo acordo com o Hamas para a libertação de reféns em troca de um cessar-fogo, publicou o jornal The New Arab, de propriedade do Catar, nesta quinta-feira. Basem Naim, membro do Escritório Político do grupo terrorista, disse ao veículo que “enquanto os combates continuarem, não haverá negociações”.
Ao jornal israelense Haaretz, fontes palestinas informaram que existem contatos informais para formular um novo acordo, principalmente com o Catar e o Egito. Até o momento, no entanto, nada foi concretizado. Nesta quarta-feira, Israel cancelou uma viagem planejada ao Catar para reiniciar as conversas sobre os reféns.
Diretor da Agência de Inteligência israelense, David Barnea iria ao país para debater o assunto, disse uma fonte à CNN. Ao todo, cerca de 240 pessoas foram sequestradas durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro. Dezenas foram libertos durante um breve período de cessar-fogo no último mês, mas Israel acredita que 135 pessoas permaneçam presas em Gaza, dos quais 115 estão vivas.
As negociações formais não retomaram desde que as conversas que estavam acontecendo em Doha terminaram, no início deste mês. Israel, Estados Unidos e Catar, no entanto, continuaram a discutir maneiras de tentar reiniciar as discussões — esforços que, para familiares de reféns, não são suficientes. Em comunicado, eles disseram estar “cansados da indiferença e do impasse”.
Barnea tem liderado as negociações de reféns para Israel, enquanto o americano Bill Burns, diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), faz o mesmo pelos EUA. Acredita-se que oito cidadãos americanos estejam entre os reféns. Nesta quarta-feira, familiares das vítimas estiveram com o presidente Joe Biden em Washington.
‘Não é o fim da guerra’
Quando a paralisação dos combates foi iniciada, em 24 de novembro, as Forças Armadas de Israel enfatizaram que tratava-se de um cessar-fogo, e não do fim da guerra em Gaza. Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallat afirmou que a campanha militar seria retomada “com intensidade” por ao menos mais dois meses após o término do acordo.
Fonte: O GLOBO
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