Condenado pelo assassinato de uma mulher em 1988, Kenneth Smith deverá ser morto por asfixia nesta quinta-feira; caso pode ser o primeiro do país
Embora as mortes por gás letal sejam autorizadas no país, é a primeira vez que o nitrogênio será usado para executar um prisioneiro. Se tudo seguir como programado, Smith também será a primeira pessoa a ser morta por gás nos EUA em 25 anos. Desde 1976, apenas 11 casos foram registrados.
Nos EUA, a injeção letal ainda é o método de execução mais utilizado, embora nos últimos anos tenha ficado mais difícil conseguir drogas para essas ocasiões. Por isso, outras maneiras também são usadas no país: a cadeira elétrica, o enforcamento, o pelotão de fuzilamento e o gás letal. A Suprema Corte nunca considerou um desses métodos inconstitucionais, mas alguns tribunais estaduais já se manifestaram contra.
Conheça, abaixo, quais são os métodos de execução adotados pelos Estados Unidos e saiba em quais estados eles são autorizados.
Injeção letal
A ética médica impede que médicos participem de execuções. No entanto, após o procedimento, um médico certifica que o prisioneiro está morto. Segundo o Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC), a falta de participação médica pode ser um problema. Caso a equipe de execução injete as drogas em um músculo em vez de uma veia, ou se a agulha ficar obstruída, pode resultar em dor extrema.
Em 2022, Smith, 58, sobreviveu à tentativa de execução por injeção após passar horas amarrado a uma maca enquanto profissionais tentavam encontrar uma veia para aplicar a dose. Os funcionários suspenderam a operação à meia-noite, quando a sentença do Estado expirou.
Eletrocussão
Câmara de Gás
Nos EUA, a injeção letal ainda é o método de execução mais utilizado, embora nos últimos anos tenha ficado mais difícil conseguir drogas para essas ocasiões. Por isso, outras maneiras também são usadas no país: a cadeira elétrica, o enforcamento, o pelotão de fuzilamento e o gás letal. A Suprema Corte nunca considerou um desses métodos inconstitucionais, mas alguns tribunais estaduais já se manifestaram contra.
Conheça, abaixo, quais são os métodos de execução adotados pelos Estados Unidos e saiba em quais estados eles são autorizados.
Injeção letal
- Número de execuções: 1402
- Estados que autorizam: 28
A ética médica impede que médicos participem de execuções. No entanto, após o procedimento, um médico certifica que o prisioneiro está morto. Segundo o Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC), a falta de participação médica pode ser um problema. Caso a equipe de execução injete as drogas em um músculo em vez de uma veia, ou se a agulha ficar obstruída, pode resultar em dor extrema.
Em 2022, Smith, 58, sobreviveu à tentativa de execução por injeção após passar horas amarrado a uma maca enquanto profissionais tentavam encontrar uma veia para aplicar a dose. Os funcionários suspenderam a operação à meia-noite, quando a sentença do Estado expirou.
Eletrocussão
- Número de execuções: 163 (desde 1976)
- Estados que autorizam: 8
Câmara de Gás
- Número de execuções: 11 (desde 1976)
- Estados que autorizam: 7
Gee Jon, a primeira pessoa executada com gás nos Estados Unidos em 1924 — Foto: Prisão Estadual de Nevada
Defensores do método descreveram a morte por gás cianídrico como “indolor”. O gás era administrado em concentrações mais altas do que nos ataques em campos da Primeira Guerra Mundial. Idealmente, os prisioneiros respirariam o gás enquanto dormiam nas celas. Autoridades determinaram, no entanto, que essa ideia era impraticável. Com isso, desenvolveram a câmara.
Hoje, cinco estados autorizam o gás letal como método, que já foi considerado por um tribunal da Califórnia como “um castigo cruel”. Nesses casos, a pessoa condenada é amarrada a uma cadeira e instruída a respirar profundamente. Caryl Chessman, condenado por vários crimes em 1960, disse a jornalistas que inclinaria a cabeça se o método doesse – algo que testemunhas afirmam que ele fez por vários minutos.
Em vez de ficar em uma câmara selada e cheia de gás, porém, Smith deverá respirar o gás nitrogênio por meio de uma máscara facial industrial. Apesar disso, especialistas indicam que há bastante margem para erro, e que a morte pode não vir instantânea ou facilmente. Ao Washington Post, a historiadora e especialista em pena de morte Deborah Denno disse que esse é “o pior método de execução”.
– O detento está consciente do que está acontecendo, e o tormento é óbvio – declarou.
Pelotão de fuzilamento
- Número de execuções: 3 (desde 1976)
- Estados que autorizam: 5
O caso mais recente foi o de Ronnie Gardner. Por escolha própria, ele foi morto por um pelotão de fuzilamento no estado em 2010. Nessas situações, o prisioneiro costuma ser amarrado a uma cadeira com cintos ao redor da cintura e cabeça. Um capuz preto é puxado sobre a cabeça do preso. Ainda segundo o DPIC, caso os atiradores errem o coração, por acidente ou intenção, o condenado morre por perda de sangue.
Enforcamento
- Número de execuções: 3 (desde 1976)
- Estados que autorizam: 1 (New Hampshire aboliu a pena de morte, mas a revogação pode não ser aplicada retroativamente, de modo que um prisioneiro condenado ainda poderá ser executado)
Fonte: O GLOBO
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