Primeiras semanas de janela dividiram clubes entre movimentos estratégicos e remontagens de elencos
Atletas como De La Cruz (Flamengo), João Victor (Vasco), Rodrigo Garro (Corinthians), Gustavo Scarpa (Atlético-MG) e Robert Renan (Internacional) chegam ou retornam ao Brasil, enquanto o mercado interno movimentou-se com trocas de clube como a ida de Everton Ribeiro ao Bahia e de Soteldo ao Grêmio. Mas ainda há muito a acontecer até 7 de março, quando o período de contratações se encerra.
Hoje, a Série A tem sete clubes entre perfis de SAF ou de gestão como clube-empresa: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro, Cuiabá e Vasco. Sob a expectativa de ter poder financeiro (na maioria dos casos), são clubes que ainda se mantêm “calmos” em questão de anúncios, embora acelerem os trabalhos nos bastidores. Em meio à natural ansiedade do torcedor, há motivos econômicos — um mercado que sabe que existe concorrência bem nutrida em recursos — e pragmáticos que explicam isso.
Raio-x do mercado — Foto: Editoria de Arte
Atlético e Botafogo, por exemplo, formaram bases mais sólidas em elencos que disputaram o título do Brasileirão em 2023 e terminaram em terceiro e quinto lugares, respectivamente. O Galo se permitiu investir R$ 27 milhões (parcelados) para trazer Gustavo Scarpa, craque do campeonato em 2022 e jogador capaz de mudar patamares no futebol do país. Já o alvinegro, que tenta deixar para trás o dramático derretimento no segundo turno do campeonato, pretende fazer mudanças mais pontuais e certeiras para ser ainda mais competitivo.
Possíveis chegadas do meia-atacante Jeffinho, dos zagueiros Lucas Halter e Alexander Barboza e do goleiro John ainda não foram oficializadas, mas dão uma ideia dos caminhos do Botafogo no mercado. Por enquanto, só saídas, e duas de peso: Adryelson e Lucas Perri foram ao Lyon, enquanto Gabriel Pires retornou ao Benfica.
No caso de Bahia, Cruzeiro e Vasco, a ideia tem sido agregar peso a grupos que viveram a dura realidade da luta contra o rebaixamento na temporada passada. Entre apostas bem ou mal sucedidas do primeiro ano de investimento de peso, encontraram espinhas dorsais, que embora menores e menos sólidas que as bases da parte de cima da tabela, permitem elevar o nível competitivo com mais clareza de mercado, identificando carências e grandes oportunidades.
Bahia garantiu a chegada de Everton Ribeiro — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
O tricolor de aço, hoje comandado pelo Grupo City, foi o mais ousado: ofereceu um salário 30% maior que o do Flamengo (perto da casa do milhão) para fisgar Everton Ribeiro em fim de contrato com o rubro-negro. Também fechou negócio de R$ 24 milhões para tirar Jean Lucas, um dos poucos destaques do Santos rebaixado à Série B.
O Vasco, que viu peças do elenco crescerem no segundo turno, focou os primeiros esforços (por meio do novo diretor Alexandre Mattos) em garantir permanências. No primeiro movimento ao mercado, sinalizou força ao vencer concorrência por João Victor, em negócio de R$ 32 milhões com o Benfica, que deve ser seguido por outras investidas fortes. No Cruzeiro, a reconstrução é maior, do técnico Nicolás Larcamón a chegadas como Gabriel Veron e Dinenno.
João Victor chega ao Vasco — Foto: Leandro Amorim/Vasco
Competição pesada
O protagonismo do mercado em termos de quantidade não está com os “novos ricos”. O Corinthians, sob a gestão do novo presidente Augusto Melo, faz mercado agressivo, com direito a “pacote” de reforços. O volante Raniele (ex-Cuiabá), o meia Rodrigo Garro e o lateral Diego Palacios foram anunciados de uma só vez e fazem parte de uma lista que já soma mais de R$ 100 milhões em valores totais de negócios.
— A partir de hoje o Corinthians passará pelo maior choque de gestão da história — anunciou Melo em sua posse.
O time paulista faz parte de duas métricas significativas levantadas pelo GLOBO: as de clubes fora da Libertadores, que contrataram 4,5 atletas, em média, até aqui, mais do que o dobro dos 1,5 daqueles que estão classificados à principal e mais rentável competição sul-americana; e a de clubes que trocaram de presidentes ou comandantes do futebol para 2024, que fecharam em média com 9,7 atletas até o momento, contra 2,3 dos que permaneceram sob o mesmo comando. Na comparação SAF e clube-empresa contra associativo, as gestões sociais, de maneira geral, têm acertado mais contratações até o momento: 4,2 atletas em média contra 1,5.
Número que cresce com os times que subiram da Série B e com o Santos, incluído no levantamento. Juntos ao Peixe, Vitória, Criciúma, Atlético-GO e Juventude, equipes que precisam fazer mudanças profundas em seus grupos de atletas pela troca de divisão, fecharam com 39 atletas. Só entre os promovidos, são 7,3 chegadas por clube.
Fonte: O GLOBO
Hoje, a Série A tem sete clubes entre perfis de SAF ou de gestão como clube-empresa: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro, Cuiabá e Vasco. Sob a expectativa de ter poder financeiro (na maioria dos casos), são clubes que ainda se mantêm “calmos” em questão de anúncios, embora acelerem os trabalhos nos bastidores. Em meio à natural ansiedade do torcedor, há motivos econômicos — um mercado que sabe que existe concorrência bem nutrida em recursos — e pragmáticos que explicam isso.
Raio-x do mercado — Foto: Editoria de Arte
Atlético e Botafogo, por exemplo, formaram bases mais sólidas em elencos que disputaram o título do Brasileirão em 2023 e terminaram em terceiro e quinto lugares, respectivamente. O Galo se permitiu investir R$ 27 milhões (parcelados) para trazer Gustavo Scarpa, craque do campeonato em 2022 e jogador capaz de mudar patamares no futebol do país. Já o alvinegro, que tenta deixar para trás o dramático derretimento no segundo turno do campeonato, pretende fazer mudanças mais pontuais e certeiras para ser ainda mais competitivo.
Possíveis chegadas do meia-atacante Jeffinho, dos zagueiros Lucas Halter e Alexander Barboza e do goleiro John ainda não foram oficializadas, mas dão uma ideia dos caminhos do Botafogo no mercado. Por enquanto, só saídas, e duas de peso: Adryelson e Lucas Perri foram ao Lyon, enquanto Gabriel Pires retornou ao Benfica.
No caso de Bahia, Cruzeiro e Vasco, a ideia tem sido agregar peso a grupos que viveram a dura realidade da luta contra o rebaixamento na temporada passada. Entre apostas bem ou mal sucedidas do primeiro ano de investimento de peso, encontraram espinhas dorsais, que embora menores e menos sólidas que as bases da parte de cima da tabela, permitem elevar o nível competitivo com mais clareza de mercado, identificando carências e grandes oportunidades.
Bahia garantiu a chegada de Everton Ribeiro — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
O tricolor de aço, hoje comandado pelo Grupo City, foi o mais ousado: ofereceu um salário 30% maior que o do Flamengo (perto da casa do milhão) para fisgar Everton Ribeiro em fim de contrato com o rubro-negro. Também fechou negócio de R$ 24 milhões para tirar Jean Lucas, um dos poucos destaques do Santos rebaixado à Série B.
O Vasco, que viu peças do elenco crescerem no segundo turno, focou os primeiros esforços (por meio do novo diretor Alexandre Mattos) em garantir permanências. No primeiro movimento ao mercado, sinalizou força ao vencer concorrência por João Victor, em negócio de R$ 32 milhões com o Benfica, que deve ser seguido por outras investidas fortes. No Cruzeiro, a reconstrução é maior, do técnico Nicolás Larcamón a chegadas como Gabriel Veron e Dinenno.
João Victor chega ao Vasco — Foto: Leandro Amorim/Vasco
Competição pesada
O protagonismo do mercado em termos de quantidade não está com os “novos ricos”. O Corinthians, sob a gestão do novo presidente Augusto Melo, faz mercado agressivo, com direito a “pacote” de reforços. O volante Raniele (ex-Cuiabá), o meia Rodrigo Garro e o lateral Diego Palacios foram anunciados de uma só vez e fazem parte de uma lista que já soma mais de R$ 100 milhões em valores totais de negócios.
— A partir de hoje o Corinthians passará pelo maior choque de gestão da história — anunciou Melo em sua posse.
O time paulista faz parte de duas métricas significativas levantadas pelo GLOBO: as de clubes fora da Libertadores, que contrataram 4,5 atletas, em média, até aqui, mais do que o dobro dos 1,5 daqueles que estão classificados à principal e mais rentável competição sul-americana; e a de clubes que trocaram de presidentes ou comandantes do futebol para 2024, que fecharam em média com 9,7 atletas até o momento, contra 2,3 dos que permaneceram sob o mesmo comando. Na comparação SAF e clube-empresa contra associativo, as gestões sociais, de maneira geral, têm acertado mais contratações até o momento: 4,2 atletas em média contra 1,5.
Número que cresce com os times que subiram da Série B e com o Santos, incluído no levantamento. Juntos ao Peixe, Vitória, Criciúma, Atlético-GO e Juventude, equipes que precisam fazer mudanças profundas em seus grupos de atletas pela troca de divisão, fecharam com 39 atletas. Só entre os promovidos, são 7,3 chegadas por clube.
Fonte: O GLOBO
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