Vieira embarcará para a região com visitas programadas a Amã, na Jordânia; a Ramala, na Palestina; a Beirute, no Líbano; e a Riade, na Arábia Saudita
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, traçou um roteiro de visitas a países do Oriente Médio que deixará Israel de fora. As relações entre o Brasil e o governo israelense estão abaladas por uma crise causada pelas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos ataques a civis palestinos na Faixa de Gaza.
A partir desta sexta-feira, Vieira embarcará para a região com visitas programadas a Amã, na Jordânia; a Ramallah, em território palestino; a Beirute, no Líbano; e a Riad, na Arábia Saudita.
De acordo com uma nota do Itamaraty, em casa um dos locais visitados, Vieira terá encontro com os chanceleres e outras autoridades.
O conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, que vem causando uma crise humanitária em Gaza, será um tema a ser tratado por Vieira durante sua viagem ao Oriente Médio. Ele reforçará a posição brasileira pelo cessar-fogo e a retomada das negociações para alcançar a paz.
O chanceler brasileiro também vai reiterar a defesa de dois Estados, "Com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas".
O impasse diplomático entre Brasil e Israel começou no mês passado, quando Lula comparou as mortes em Gaza que, segundo autoridades palestinas, ultrapassam 31 mil (a maioria mulheres e crianças), ao extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial. O governo israelense decidiu considerar o presidente brasileiro persona non grata até que ele peça desculpas -- hipótese remota de acontecer.
"As relações do Brasil com os países do Oriente Médio são marcadas, de forma muito positiva, pela presença, em nosso país, de expressiva comunidade de origem árabe, o que contribui para a fluidez e amizade que tradicionalmente caracterizam o diálogo do Brasil com aquela região", diz um trecho da nota do Itamaraty.
Durante os encontros, Vieira passará, ainda, em revista os principais pontos da agenda bilateral do Brasil com os respectivos países, com destaque para cooperação técnica, comércio e investimentos.
Fonte: O GLOBO
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