A
pesquisa, conduzida por cientistas do University Hospital Essen
(Alemanha), mergulha em um universo de estudos que exploram os efeitos
do toque em diferentes populações, desde recém-nascidos até adultos.
Porto Velho, RO.
Em tempos cada vez mais conectados, mas marcados por um toque físico
cada vez mais limitado, a ciência nos traz um presente valioso: a
revalidação do poder do toque humano para o nosso bem-estar físico e
mental. Uma extensa revisão de 212 estudos, publicada na revista Nature
Human Behavior, comprova que o toque, em suas diversas formas, pode ser
um aliado poderoso no combate à dor, à ansiedade e à depressão.
A
pesquisa, conduzida por cientistas do University Hospital Essen
(Alemanha), mergulha em um universo de estudos que exploram os efeitos
do toque em diferentes populações, desde recém-nascidos até adultos. Uma
das principais conclusões é que o toque, especialmente o toque humano, é
capaz de regular os níveis de cortisol, o hormônio do estresse,
promovendo uma sensação de calma e bem-estar.
Embora o toque de
objetos, como cobertores pesados ou robôs sociais, também demonstre
benefícios para a saúde física, o estudo ressalta que o impacto positivo
na saúde mental é significativamente maior quando se trata do toque
humano. Abraços, afagos e até mesmo o aconchego de um cobertor favorito
podem trazer alívio para a mente e o corpo, especialmente em momentos de
fragilidade e estresse.
Ao contrário do que se poderia
imaginar, o tipo de toque e sua duração não interferem
significativamente nos resultados. Ou seja, seja um abraço apertado, um
cafuné carinhoso ou o afago de um cobertor macio, todos esses toques
podem contribuir para o nosso bem-estar.
Um ponto curioso
revelado pela pesquisa é que tocar a cabeça, especialmente a região da
testa e do couro cabeludo, parece ter um efeito ainda mais positivo na
saúde do que tocar outras partes do corpo. Essa descoberta abre espaço
para novas pesquisas sobre o potencial terapêutico de técnicas como
massagens na cabeça e acupuntura.
Ciência confirma: Abraço faz bem para a mente e para o corpo
A
literatura científica já vinha comprovando o poder dos abraços para a
saúde mental. Um estudo da Ruhr University Bochum, por exemplo,
demonstra que o abraço diminui os efeitos do cortisol, enquanto um
projeto da Carnegie Mellon University revela que abraços podem até mesmo
impactar o nível de imunidade, reduzindo a chance de ficar doente.Em um
contexto onde as interações sociais presenciais se tornam cada vez mais
raras, especialmente após a pandemia de COVID-19, o estudo reforça a
importância do toque humano para o nosso bem-estar físico e mental.
Fonte: Notícias ao Minuto Brasil
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