Niklas Hagelberg afirma que eventos contrastantes de seca na Amazônia e excesso de chuvas no Sul são ‘lembretes gritantes da gravidade dos impactos climáticos’ e requerem estratégias de adaptação
Como tem observado a situação do desastre no Rio Grande do Sul?
A situação no Rio Grande do Sul é profundamente preocupante e um exemplo vívido de como eventos climáticos extremos podem impactar comunidades. Desastres como o do Brasil também estão sendo registrados em todo o mundo, em países como Quênia, Tanzânia e China. Vemos esses eventos como um chamado à ação para estratégias mais robustas de mitigação, adaptação e resiliência climática, destacando a urgência de abordar as causas profundas das mudanças climáticas e melhorar a preparação das comunidades.
Foi uma tragédia anunciada?
Eventos extremos são compatíveis com os padrões previstos pelos modelos climáticos, que preveem aumento da frequência e da gravidade dos desastres relacionados ao clima. Há décadas pesquisas e projeções climáticas indicam que o aquecimento global pode contribuir para a exacerbação de tais eventos.
Os eventos contrastantes de seca na Amazônia e excesso de chuvas no Sul são lembretes gritantes da gravidade dos impactos climáticos. Eles ilustram a necessidade de estratégias de adaptação dinâmicas e flexíveis que possam enfrentar os diversos desafios enfrentados por diferentes regiões.
Quais preocupações o senhor tem com o Brasil quando se trata desses eventos extremos?
De secas na Amazônia e no Nordeste a inundações no Sul, a gama de potenciais desastres requer planejamento abrangente e estratégias de adaptação para mitigar impactos e proteger sua população e recursos naturais.
Cidades das regiões afetadas precisam se preparar para eventos extremos mais frequentes?
A mudança climática é um fenômeno global que impacta em grande parte a vida urbana. É fundamental que cidades em regiões vulneráveis antecipem eventos climáticos mais frequentes e severos. Isso envolve a atualização da infraestrutura, a implementação de sistemas de alerta precoce, a melhoria da eficiência energética e a redução das emissões do setor de resfriamento, bem como a educação das comunidades sobre a preparação e a resposta a desastres. Ao mesmo tempo, é preciso entender que as cidades contribuem para as alterações climáticas, uma vez que as atividades urbanas são as principais fontes de emissões de gases de efeito de estufa. É essencial, portanto, tornar as cidades parte integrante da solução no combate às alterações climáticas.
Como as cidades precisam se readaptar e se reorganizar?
Isso pode incluir o aprimoramento das defesas contra inundações, a implementação de soluções baseadas na natureza que podem mitigar e adaptar a crescente resiliência, a revisão dos códigos de construção e a proteção dos ecossistemas naturais que protegem contra eventos extremos. A infraestrutura deve ser projetada ou adaptada para suportar diversos impactos climáticos, que vão desde ondas de calor até chuvas intensas. O engajamento da comunidade e a educação pública também são vitais para reduzir as vulnerabilidades.
As alterações climáticas já não podem ser revertidas. O que podemos fazer?
Embora seja verdade que alguns efeitos das alterações climáticas são agora irreversíveis, continua a haver uma margem substancial para mitigar os seus piores impactos com medidas proativas. Temos de nos concentrar na mitigação e na adaptação às alterações climáticas, na proteção e restauração da natureza e da biodiversidade, na reversão da degradação dos solos e da desertificação e na eliminação da poluição e dos resíduos.
Fonte: O GLOBO
Quais preocupações o senhor tem com o Brasil quando se trata desses eventos extremos?
De secas na Amazônia e no Nordeste a inundações no Sul, a gama de potenciais desastres requer planejamento abrangente e estratégias de adaptação para mitigar impactos e proteger sua população e recursos naturais.
Cidades das regiões afetadas precisam se preparar para eventos extremos mais frequentes?
A mudança climática é um fenômeno global que impacta em grande parte a vida urbana. É fundamental que cidades em regiões vulneráveis antecipem eventos climáticos mais frequentes e severos. Isso envolve a atualização da infraestrutura, a implementação de sistemas de alerta precoce, a melhoria da eficiência energética e a redução das emissões do setor de resfriamento, bem como a educação das comunidades sobre a preparação e a resposta a desastres. Ao mesmo tempo, é preciso entender que as cidades contribuem para as alterações climáticas, uma vez que as atividades urbanas são as principais fontes de emissões de gases de efeito de estufa. É essencial, portanto, tornar as cidades parte integrante da solução no combate às alterações climáticas.
Como as cidades precisam se readaptar e se reorganizar?
Isso pode incluir o aprimoramento das defesas contra inundações, a implementação de soluções baseadas na natureza que podem mitigar e adaptar a crescente resiliência, a revisão dos códigos de construção e a proteção dos ecossistemas naturais que protegem contra eventos extremos. A infraestrutura deve ser projetada ou adaptada para suportar diversos impactos climáticos, que vão desde ondas de calor até chuvas intensas. O engajamento da comunidade e a educação pública também são vitais para reduzir as vulnerabilidades.
As alterações climáticas já não podem ser revertidas. O que podemos fazer?
Embora seja verdade que alguns efeitos das alterações climáticas são agora irreversíveis, continua a haver uma margem substancial para mitigar os seus piores impactos com medidas proativas. Temos de nos concentrar na mitigação e na adaptação às alterações climáticas, na proteção e restauração da natureza e da biodiversidade, na reversão da degradação dos solos e da desertificação e na eliminação da poluição e dos resíduos.
Fonte: O GLOBO
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