A viagem de membros da diretoria do Flamengo à Londres, para a final da Liga dos Campeões, na semana passada, colheu bons frutos pelas reuniões ocorridas, mas também uma saia justa. A presença de dirigentes que formam a cúpula do clube se deu por mais um ano através do convite da Adidas, fornecedora de material esportivo.
Estiveram presentes o presidente Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee (vice-presidente geral e jurídico), Gustavo Oliveira (VP de comunicação e marketing), Rodrigo Tostes (VP de finanças) e Luiz Eduardo Baptista, o Bap (presidente do Conselho de Administração).
Este último, porém, não faz mais parte do Conselho Diretor, e não participa das negociações das demais pastas sobre os assuntos tratados na Europa, como patrocínios, estádio próprio e SAF. Bap tem sido mantido pela cúpula na lista de convidados da viagem para não aumentar a saia justa.
O encontro de Landim com Bap e Dunshee expõe a indefinição do presidente em relação ao apoio ao seu sucessor na eleição do Flamengo em dezembro. A viagem ainda não foi o suficiente para que o mandatário indicasse qual caminho tomará, e todos aguardam a chegada ao Brasil para isso.
Os grupos de apoio a Landim cobram um posicionamento assim que ele voltar ao Rio nesta semana. Nos bastidores, Bap e Dunshee já vêm se articulando e se reunindo separadamente com sócios. Ambos se mantém alinhado a Landim nos temas mais sensíveis, como futebol, estádio e SAF.
Nas declarações até agora, os dois são contrários à venda da SAF do Flamengo, mas querem manter o tema no radar. O estádio próprio também é prioridade de campanha, embora quem negocie com Landim seja Dunshee, atual vice-geral, e não Bap. O tema foi pauta de encontros com os políticos Dr Luzinho e Ciro Nogueira na Europa, ambos aliados nas tratativas com a Caixa Econômica.
O terceiro ponto é a profissionalização do futebol, que viria com a possível saída do vice de futebol Marcos Braz, que até o momento não teria espaço nem com Bap nem com Dunshee em um próximo triênio no Flamengo.
Fonte: O GLOBO
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