Endossada pelo atual presidente como candidata natural do Partido Democrata, primeira mulher e negra a chegar à vice-presidência terá caminho intenso até as eleições de novembro
Porto Velho, Rondônia - A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, está em campanha presidencial. Embora ainda não seja a indicada oficial do Partido Democrata para substituir Joe Biden, que anunciou sua desistência no domingo, Kamala mantém agenda digna de uma candidata em momento decisivo de campanha. Apenas no domingo, logo após o anúncio da desistência de Biden, a democrata ligou para cerca de 100 líderes e apoiadores influentes do partido em um período aproximado de 10 horas: uma média de uma ligação a cada seis minutos, de acordo com fontes ouvidas pela imprensa americana.
A série de chamadas telefônicas começou logo após o anúncio de desistência de Biden e incluiu figuras proeminentes do partido, como os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Kamala também conversou com líderes partidários, deputados, senadores, governadores e ativistas políticos, incluindo líderes trabalhistas e defensores de direitos humanos.
A 107 dias da eleição, Kamala tem um caminho mais curto e intenso do que qualquer outro candidato. Ainda em busca do apoio necessário para garantir os votos dos delegados democratas escolhidos nas Primárias, a presidenciável tem a missão de unificar o seu partido e torná-lo competitivo na disputa com Donald Trump, revertendo a vantagem que o rival mantém nas pesquisas de intenção de voto.
A primeira missão, de unificar o partido, está diretamente ligada às ligações do domingo. Enquanto a candidata falava com um imenso número de companheiros de sigla, líderes importantes anunciavam apoio público, incluindo o casal Clinton, o próprio Biden e mesmo políticos apontados como potenciais adversários em uma corrida interna, como os governadores da Califórnia, Gavin Newsom, da Pensilvânia, Josh Shapiro, e de Michigan, Gretchen Whitmer.
A lista de democratas de alto escalão declarando apoio direto ou saindo do caminho de Kamala cresceu na manhã desta segunda-feira. Seis governadores endossaram a candidatura da vice de Biden em um espaço de minutos de diferença, incluindo Whitmer e outros governadores como Tim Walz, de Minnesota, Wes Moore, de Maryland, e Andy Beshear, governador de Kentucky cotado a vice na chapa democrata e Tony Evers, de Wisconsin — um importante "swing state".
Um dos apoios mais significativos foi JB Pritzker, de Illinois. O bilionário de Chicago estava entre os governadores mais frustrados com a insistência de Biden em permanecer na disputa nas últimas semanas.
—Apoio Kamala Harris para presidente e trabalharei arduamente para que ela seja eleita porque acredito que ela é a pessoa mais qualificada e capaz para ser presidente — disse Pritzker. “— Também acho que já passou da hora de quebrarmos o teto de vidro mais alto e mais duro e finalmente elegermos uma mulher como presidente dos Estados Unidos.
Nova identidade visual da campanha de Kamala Harris — Foto: Reprodução/X
Em um comunicado à imprensa, a campanha de Biden e Kamala oficialmente passou o foco para a vice-presidente. Nas redes sociais, os perfis dos dois mudaram a identidade visual para o slogan "Harris para Presidente", retirando o sobrenome do atual mandatário.
Do ponto de vista do financiamento — um aspecto sempre apontado como decisivo na política americana —, a candidatura de Kamala já pode ser considerada um sucesso. A candidata viu, nas horas seguintes à saída de Biden, a principal plataforma democrata de arrecadação de fundos receber mais de R$ 150 milhões.
Kamala fará seu primeiro pronunciamento público como candidata nesta segunda-feira, na Casa Branca, quando representará o governo em uma tradicional celebração com as equipes campeãs da principal liga universitária de esportes americanos, a NCAA.
Pelas redes sociais, Kamala se pronunciou brevemente após o anúncio da desistência de Biden e se disse honrada pelo apoio recebido do companheiro de chapa em 2020.
"Em nome do povo americano, agradeço a Joe Biden pela sua extraordinária liderança como presidente dos Estados Unidos e pelas décadas de serviço prestado ao nosso país. Sinto-me honrada por ter o endosso do presidente e minha intenção é merecer e conquistar esta indicação", escreveu Kamala, completando:
"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025. Se você está comigo, faça uma doação agora mesmo". (Com NYT)
Fonte: O GLOBO
Porto Velho, Rondônia - A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, está em campanha presidencial. Embora ainda não seja a indicada oficial do Partido Democrata para substituir Joe Biden, que anunciou sua desistência no domingo, Kamala mantém agenda digna de uma candidata em momento decisivo de campanha. Apenas no domingo, logo após o anúncio da desistência de Biden, a democrata ligou para cerca de 100 líderes e apoiadores influentes do partido em um período aproximado de 10 horas: uma média de uma ligação a cada seis minutos, de acordo com fontes ouvidas pela imprensa americana.
A série de chamadas telefônicas começou logo após o anúncio de desistência de Biden e incluiu figuras proeminentes do partido, como os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton, e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Kamala também conversou com líderes partidários, deputados, senadores, governadores e ativistas políticos, incluindo líderes trabalhistas e defensores de direitos humanos.
A 107 dias da eleição, Kamala tem um caminho mais curto e intenso do que qualquer outro candidato. Ainda em busca do apoio necessário para garantir os votos dos delegados democratas escolhidos nas Primárias, a presidenciável tem a missão de unificar o seu partido e torná-lo competitivo na disputa com Donald Trump, revertendo a vantagem que o rival mantém nas pesquisas de intenção de voto.
A primeira missão, de unificar o partido, está diretamente ligada às ligações do domingo. Enquanto a candidata falava com um imenso número de companheiros de sigla, líderes importantes anunciavam apoio público, incluindo o casal Clinton, o próprio Biden e mesmo políticos apontados como potenciais adversários em uma corrida interna, como os governadores da Califórnia, Gavin Newsom, da Pensilvânia, Josh Shapiro, e de Michigan, Gretchen Whitmer.
A lista de democratas de alto escalão declarando apoio direto ou saindo do caminho de Kamala cresceu na manhã desta segunda-feira. Seis governadores endossaram a candidatura da vice de Biden em um espaço de minutos de diferença, incluindo Whitmer e outros governadores como Tim Walz, de Minnesota, Wes Moore, de Maryland, e Andy Beshear, governador de Kentucky cotado a vice na chapa democrata e Tony Evers, de Wisconsin — um importante "swing state".
Um dos apoios mais significativos foi JB Pritzker, de Illinois. O bilionário de Chicago estava entre os governadores mais frustrados com a insistência de Biden em permanecer na disputa nas últimas semanas.
—Apoio Kamala Harris para presidente e trabalharei arduamente para que ela seja eleita porque acredito que ela é a pessoa mais qualificada e capaz para ser presidente — disse Pritzker. “— Também acho que já passou da hora de quebrarmos o teto de vidro mais alto e mais duro e finalmente elegermos uma mulher como presidente dos Estados Unidos.
Nova identidade visual da campanha de Kamala Harris — Foto: Reprodução/X
Em um comunicado à imprensa, a campanha de Biden e Kamala oficialmente passou o foco para a vice-presidente. Nas redes sociais, os perfis dos dois mudaram a identidade visual para o slogan "Harris para Presidente", retirando o sobrenome do atual mandatário.
Do ponto de vista do financiamento — um aspecto sempre apontado como decisivo na política americana —, a candidatura de Kamala já pode ser considerada um sucesso. A candidata viu, nas horas seguintes à saída de Biden, a principal plataforma democrata de arrecadação de fundos receber mais de R$ 150 milhões.
Kamala fará seu primeiro pronunciamento público como candidata nesta segunda-feira, na Casa Branca, quando representará o governo em uma tradicional celebração com as equipes campeãs da principal liga universitária de esportes americanos, a NCAA.
Pelas redes sociais, Kamala se pronunciou brevemente após o anúncio da desistência de Biden e se disse honrada pelo apoio recebido do companheiro de chapa em 2020.
"Em nome do povo americano, agradeço a Joe Biden pela sua extraordinária liderança como presidente dos Estados Unidos e pelas décadas de serviço prestado ao nosso país. Sinto-me honrada por ter o endosso do presidente e minha intenção é merecer e conquistar esta indicação", escreveu Kamala, completando:
"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025. Se você está comigo, faça uma doação agora mesmo". (Com NYT)
Fonte: O GLOBO
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