Em um pronunciamento à nação na televisão estatal, o chefe do exército de Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, anunciou que o exército formaria um governo interino
Porto Velho, Rondônia - No poder desde 2009, Sheikh Hasina, a primeira-ministra de Bangladesh, chegou a ser reeleita para um quinto mandato iniciado em janeiro deste ano, porém, seu governo de 15 anos terminou nesta segunda-feira, quando Hasina precisou fugir de helicóptero pouco depois que manifestantes invadiram seu palácio em Daca.
Nascida em 28 de setembro de 1947, em Tungipara, Bangladesh, ela é filha de Sheikh Mujibur Rahman, fundador e primeiro presidente de Bangladesh. Formada em Ciências na Universidade de Daca, ela se envolveu na política estudantil desde jovem, inspirada pelo legado de seu pai.
Sheikh Hasina participa de entrevista coletiva um dia após vencer a 12ª eleição parlamentar, em Daca — Foto: Indranil MUKHERJEE / AFP
Hasina tornou-se líder da Liga Awami em 1981, após o assassinato de seu pai e outros membros da família em 1975. Seu primeiro mandato como primeira-ministra ocorreu de 1996 a 2001, e ela retornou ao cargo em 2009, sendo reeleita em 2014 e 2018.
Embora Hasina seja lembrada por comandar o país em um período de crescimento meteórico e de redução da extrema pobreza na oitava nação mais populosa do mundo, com 170 milhões de habitantes, seu governo é acusado de graves violações dos direitos humanos e de repressão à oposição. Além de restrições à liberdade de imprensa e alegações de corrupção.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram a fuga de Hasina. Em um dos vídeos, é possível ver o momento em que dois veículos se aproximam de um helicóptero pousado, com os motores ligados. Em outro, filmado a partir da cidade, a aeronave aparece decolando.
O Exército anunciou que Hasina renunciou e deixou o país, e que os militares formariam um governo interino. Em um pronunciamento à nação na televisão estatal, o chefe do exército de Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, informou sobre a sucessão de poder.
"O país sofreu muito, a economia foi afetada, muitas pessoas foram mortas — é hora de parar a violência", disse Waker. "Espero que, após meu discurso, a situação melhore."
Manifestantes invadiram a residência oficial da primeira-ministra de Bangladesh — Foto: Reprodução
Multidões acenaram bandeiras e alguns dançaram em cima de um tanque nas ruas na manhã de segunda-feira, antes que centenas quebrassem os portões da residência oficial de Hasina. O Channel 24 de Bangladesh transmitiu imagens das multidões correndo para o complexo, acenando para a câmera enquanto celebravam. Outros destruíram uma estátua do pai de Hasina, Sheikh Mujibur Rahman, herói da independência do país.
Premier de Bangladesh, Sheikh Hasina, vota em eleições parlamentares em Daca — Foto: AFP
Antes da invasão do complexo pelos manifestantes, o filho de Hasina pediu às forças de segurança do país que bloqueassem qualquer tentativa de tomada de poder. "Seu dever é manter nosso povo e nosso país seguros e defender a constituição", disse seu filho, Sajeeb Wazed Joy, baseado nos EUA, em uma postagem no Facebook. "Isso significa não permitir que nenhum governo não eleito assuma o poder nem por um minuto; é seu dever."
Fonte: O GLOBO
Porto Velho, Rondônia - No poder desde 2009, Sheikh Hasina, a primeira-ministra de Bangladesh, chegou a ser reeleita para um quinto mandato iniciado em janeiro deste ano, porém, seu governo de 15 anos terminou nesta segunda-feira, quando Hasina precisou fugir de helicóptero pouco depois que manifestantes invadiram seu palácio em Daca.
Nascida em 28 de setembro de 1947, em Tungipara, Bangladesh, ela é filha de Sheikh Mujibur Rahman, fundador e primeiro presidente de Bangladesh. Formada em Ciências na Universidade de Daca, ela se envolveu na política estudantil desde jovem, inspirada pelo legado de seu pai.
Sheikh Hasina participa de entrevista coletiva um dia após vencer a 12ª eleição parlamentar, em Daca — Foto: Indranil MUKHERJEE / AFP
Hasina tornou-se líder da Liga Awami em 1981, após o assassinato de seu pai e outros membros da família em 1975. Seu primeiro mandato como primeira-ministra ocorreu de 1996 a 2001, e ela retornou ao cargo em 2009, sendo reeleita em 2014 e 2018.
Embora Hasina seja lembrada por comandar o país em um período de crescimento meteórico e de redução da extrema pobreza na oitava nação mais populosa do mundo, com 170 milhões de habitantes, seu governo é acusado de graves violações dos direitos humanos e de repressão à oposição. Além de restrições à liberdade de imprensa e alegações de corrupção.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram a fuga de Hasina. Em um dos vídeos, é possível ver o momento em que dois veículos se aproximam de um helicóptero pousado, com os motores ligados. Em outro, filmado a partir da cidade, a aeronave aparece decolando.
O Exército anunciou que Hasina renunciou e deixou o país, e que os militares formariam um governo interino. Em um pronunciamento à nação na televisão estatal, o chefe do exército de Bangladesh, Waker-Uz-Zaman, informou sobre a sucessão de poder.
"O país sofreu muito, a economia foi afetada, muitas pessoas foram mortas — é hora de parar a violência", disse Waker. "Espero que, após meu discurso, a situação melhore."
Manifestantes invadiram a residência oficial da primeira-ministra de Bangladesh — Foto: Reprodução
Multidões acenaram bandeiras e alguns dançaram em cima de um tanque nas ruas na manhã de segunda-feira, antes que centenas quebrassem os portões da residência oficial de Hasina. O Channel 24 de Bangladesh transmitiu imagens das multidões correndo para o complexo, acenando para a câmera enquanto celebravam. Outros destruíram uma estátua do pai de Hasina, Sheikh Mujibur Rahman, herói da independência do país.
Premier de Bangladesh, Sheikh Hasina, vota em eleições parlamentares em Daca — Foto: AFP
Antes da invasão do complexo pelos manifestantes, o filho de Hasina pediu às forças de segurança do país que bloqueassem qualquer tentativa de tomada de poder. "Seu dever é manter nosso povo e nosso país seguros e defender a constituição", disse seu filho, Sajeeb Wazed Joy, baseado nos EUA, em uma postagem no Facebook. "Isso significa não permitir que nenhum governo não eleito assuma o poder nem por um minuto; é seu dever."
Fonte: O GLOBO
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