Pesquisa mostra empate técnico entre os dois candidatos no eleitorado paulista que votou no ex-presidente em 2022

Da esquerda para a direita: Pablo Marçal (PRTB), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) — Foto: Fotos de Rodilei Morais/Fotoarena/Agência O Globo, Cristiano Mariz/O Globo e Maria Isabel Oliveira/O Globo

Porto Velho, Rondônia - A nova pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira mostra que subiu a parcela de eleitores da capital de São Paulo que associam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), e não ao ex-coach Pablo Marçal (PRTB). O levantamento indica que, questionados sobre quem o principal nome do PL apoia nesta eleição, 49% dos entrevistados responderam Nunes (eram 44% há duas semanas). Em maio, o número ainda era de 26%.

Já a parcela dos que associam Bolsonaro a Marçal recuou de 19% para 14% no mesmo período. O ex-coach é popular entre os eleitores do ex-presidente, o que atrapalha a campanha de Nunes, que é oficialmente apoiado pelo nome do PL. Outros 29% não souberam responder quem Bolsonaro apoia em São Paulo.

Segundo a pesquisa, o eleitor que votou em Bolsonaro em 2022 segue dividido entre Nunes e Marçal. Enquanto o ex-coach foi de 41% para 43%, o atual prefeito oscilou de 40% para 39%. Ambos estão tecnicamente empatados no segmento, considerando a margem de erro de quatro pontos percentuais.

O Datafolha aponta que a associação entre o ex-presidente e o ex-coach atingiu seu ápice entre os levantamentos dos dias 21 de agosto e 12 de setembro, quando Bolsonaro interrompeu os acenos à Marçal e passou a demonstrar apoio púbico a candidatura do atual prefeito.

Apoio de Lula a Boulos

Por outro lado, o levantamento mostra que o apadrinhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao deputado federal e candidato do PSOL, Guilherme Boulos, é notório para 75% dos eleitores da capital paulista. Há duas semanas, esse número era de 70%, enquanto, em maio, alcançava apenas 47%.

Entre os eleitores de Lula em 2022, Boulos oscilou de 48% para 29% no período. O restante dos votos do petista está distribuído entre Nunes (19%) e a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que tem 13%.

A rejeição a um candidato apoiado pelo petista variou de 48% para 51% nas duas últimas semanas. O patamar ainda é abaixo dos que rejeitam o nome relacionado a Bolsonaro. São 64% os que dizem não votar de jeito nenhum em um nome endossado pelo ex-presidente (eram 63%).

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua vez, traz ao candidato apoiado uma rejeição de 53%. Segundo o Datafolha, o apoio de Tarcísio a Nunes é conhecido por 57% dos paulistanos — patamar superior ao de Bolsonaro.

O Datafolha entrevistou 1.610 eleitores entre 24 e 26 de setembro, contratado pelo jornal "Folha de S.Paulo". A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o código SP-06090/2024.


Fonte: O GLOBO