Homem ajuda bombeiros no combate ao fogo em Águeda, aldeia de Aveiro — Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP
Porto Velho, Rondônia - Os incêndios florestais que atingem Portugal mataram sete pessoas, incluindo o brasileiro Carlos Eduardo. Com centenas de focos espalhados pelo Norte e Centro e inúmeras ocorrências simultâneas, a população tem ajudado os bombeiros no combate.
Somente hoje pela manhã eram mais de cinco mil bombeiros em ação em várias cidades e aldeias do país. O combate tem sido intenso e sem descanso, principalmente de madrugada.
Marco Martins, prefeito de Gondomar, cidade do distrito do Porto castigada pelas chamas, alertou que não há mais bombeiros para pôr em ação no local além dos 137 no combate pela manhã. Oito estão feridos.
— A noite foi terrível, a população e os bombeiros foram incansáveis, mas é um dia que começa dramático. Não há bombeiros para substituir os que estão exaustos no terreno — disse Martins, apelando às autoridades de proteção por mais recursos humanos e aviões:
— Nós precisamos de ajuda, tenho muitos anos disto e nunca nos vimos tão entregues a nós próprios, tão sozinhos, no sentido coletivo. A população está ajudando e estamos tentando controlar.
Em Sever do Vouga, o prefeito Pedro Lobo também pediu às autoridades mais combate aéreo.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), além dos 5,2 mil bombeiros, há 1,6 mil viaturas e 19 aviões em ação hoje.
Por todo o país atingido pelos focos dispersos, tem sido comum ver pessoas ao lado dos bombeiros. Seja com baldes d`água, mangueiras ou ajudando na retirada de botijões de gás de dentro das casas.
Também há relatos de pessoas que auxiliam na retirada de pessoas mais velhas e de animais das zonas rurais.
Segundo a manchete da edição de hoje do “Jornal de Notícias”, uma falha no comando impediu a ajuda de bombeiros de cidades vizinhas.
De acordo com o jornal, a falta de articulação teria deixado bombeiros parados e sem poder ajudar no combate em outros municípios.
Este problema acontece devido ao modelo burocrático de organização, que limitaria a atuação por regiões e que recebeu críticas de comandantes, prefeitos e da Liga dos Bombeiros Portugueses, segundo o “JN”.
Cidades como Viseu e Vila Real teriam ficado sem apoio suficiente enquanto havia equipes disponíveis em outras cidades.
Em Arouca, as chamas atingiram o famoso Passadiços do Paiva, ponto turístico local, que foi evacuado.
O governo decretou situação de calamidade nos municípios afetados.
Fonte: O GLOBO
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