Os advogados do ex-presidente pediram ampliação do prazo, mas o STF negou

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Mateus Bonomi/Agif/AFP

Porto Velho, RO - Termina nesta quinta-feira 6 o prazo para que os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestem junto ao Supremo Tribunal Federal no processo sobre a tentativa de golpe de estado. A defesa do ex-capitão chegou a solicitar uma ampliação do prazo, mas o pedido foi negado.

Bolsonaro foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como líder da organização criminosa que atuou para virar a mesa após as eleições de 2022, quando ele foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em documento enviado ao Supremo, os advogados de Bolsonaro alegaram que não houve acesso total aos autos – a exemplo de conteúdos extraídos de celulares apreendidos e depoimentos da delação – e que isso poderia prejudicar o direito à ampla defesa.

“A dificuldade de obter o que de fato pode ser considerado ‘acesso amplo’ cobra um preço alto e impagável, porque atinge direta e fatalmente o próprio exercício do contraditório e da ampla defesa”, alegou a defesa do político inelegível.

Bolsonaro foi enquadrado, junto a mais de 30 outras pessoas, incluindo ex-ministros e militares, nos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, dano qualificado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

A PGR, com base em relatório elaborado pela Polícia Federal, afirma que o ex-presidente “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva” na articulação golpista.

Um dia depois da apresentação da denúncia, Moraes abriu prazo para que os envolvidos rebatessem as conclusões de Gonet. Além disso, retirou o sigilo da colaboração premiada firmada pelo tenente-coronel Mauro Cid com a PF, na qual ele relata detalhes sobre o plano golpista e implica diretamente seu ex-chefe.

Fonte: Carta Capital